Ibovespa fecha em alta; Arezzo e Soma lideram os ganhos

Queda da Vale e decisão do Fed nos Estados Unidos impediram desempenho melhor do índice, que encerrou janeiro em baixa apesar dos ganhos do dia

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31 de Janeiro, 2024 | 06:40 PM
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Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) encerrou o pregão desta quarta-feira (31) em alta de 0,28%, aos 127.752 pontos. Em janeiro, porém, o índice caiu 3,73%, encerrando abaixo do patamar recorde de dezembro de 2023. O dólar caiu 0,08% no pregão, a R$ 4,94.

A maioria das ações do índice tiveram um dia positivo, em movimento de correção à queda generalizada da véspera. O benchmark chegou a subir mais de 1%, mas desacelerou no fim do dia, depois de o Federal Reserve indicar que é cedo para reduzir os juros nos Estados Unidos. O banco central americano manteve a taxa inalterada pela quarta vez seguida. Ainda nesta quarta, o Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, divulga o novo patamar da Selic.

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Os destaques positivos no dia foram as ações do Grupo Soma (SOMA3) e da Arezzo (ARZZ3). As companhias divulgaram que negociam uma fusão, o que pode formar um gigante da moda com receita de R$ 12 bilhões. O Grupo Soma subiu 16,81% e a Arezzo, 12,09%.

Além das varejistas de moda, lideraram as altas as ações de Magazine Luiza, Cielo e Casas Bahia, que se valorizaram 6,06%, 5,07% e 3,82%, respectivamente. Itaú (ITUB4) e Petrobras (PETR4, PETR3) também subiram.

A queda da Vale (VALE3), de 1,48%, acompanhou a desvalorização do minério de ferro e impediu um avanço maior do Ibovespa. Outras ações que caíram foram: Raia Drogasil, Assaí e Weg.

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Estados Unidos

O mercado americano iniciou o dia em baixa e aprofundou as perdas depois que o Federal Reserve manteve os juros no país inalterados e diminuiu as expectativas dos investidores de um corte em março. O Dow Jones caiu 0,82%, o S&P 500, 1,61%, e o Nasdaq Composite 2,32%. Os juros dos Treasuries de 10 anos caíram 0,12 ponto, a 3,93%.

Em decisão nesta quarta, o banco central americano também disse que “não espera que seja apropriado reduzir os juros até que tenha ganhado maior confiança de que a inflação está a mover-se de forma sustentável em direção à meta de 2%”, num sinal de que as autoridades não têm pressa em baixar as taxas.

Depois de os índices do mercado americano baterem recordes sucessivos em janeiro, o movimento indica que investidores liquidaram posições em ações consideradas caras.

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As perdas foram lideradas pelas grandes empresas de tecnologia – grupo que impulsionou o rali do mercado. Microsoft e Alphabet desvalorizaram também porque seus balanços trimestrais indicaram resultados e guidances aquém do esperado por investidores.

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Victor Sena

Editor assistente na Bloomberg Línea. Formado em Jornalismo pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Especializado em cobertura de economia.