Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) avançou nesta terça-feira (1º) puxado principalmente por ações ligadas a commodities, enquanto investidores reagiam à escalada do conflito no Oriente Médio depois de o Irã lançar um ataque de mísseis contra Israel.
O principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 0,51%, aos 132.495 pontos, enquanto o dólar subiu 0,29%, a R$ 5,47.
As ações das empresas de petróleo avançaram em reação ao aumento da commodity no mercado internacional depois dos ataques do Irã contra Israel. Tanto as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) quanto as ordinárias (PETR3) tiveram ganhos de 2,67%. A Prio (PRIO3) subiu 2,15% e ficou entre as principais influências positivas em volume.
A Vale (VALE3) subiu 0,49%. A mineradora assinou um acordo com a GEP (Green Park Energy) nesta terça para o desenvolvimento de uma unidade de produção de hidrogênio verde no país. Também nesta terça, o novo CEO da empresa, Gustavo Pimenta, assumiu o cargo, oficializando a troca de comando na empresa depois da gestão de Eduardo Bartolomeo.
Outro destaque do dia foi a Ambev (ABEV3), que subiu 3,98% e também ficou entre as maiores influências positivas. O BTG Pactual incluiu o papel da empresa na carteira recomendada 10Sim de outubro. A Ambev também foi uma das maiores altas do dia, atrás da MRV (MRVE3), que subiu 4,56%.
Enquanto isso o Itaú Unibanco (ITUB4) estendeu as perdas da véspera e fechou com queda de 1,61%, a R$ 35,50, o menor valor de fechamento desde 13 de agosto. O papel foi a principal contribuição negativa em volume.
Entre os bancos, o dia também foi negativo para o Banco do Brasil (BBAS3) e para o BTG Pactual (BPAC11), que recuaram 0,37% e 1,08%, respectivamente. O Bradesco (BBDC4) subiu 1,09% e o Santander Brasil (SANB11) teve ganhos de 0,60%.
Estados Unidos
Em Nova York, as ações caíram enquanto investidores recuaram para ativos mais seguros após a intensificação do conflito no Oriente Médio.
Títulos, petróleo, ouro e o dólar americano avançaram depois que o Irã lançou um ataque de mísseis contra Israel, em resposta a um avanço de forças armadas no Líbano.
“Os mercados estão em modo de espera,” disse Kathleen Brooks, diretora de pesquisa da XTB. “As próximas 24 horas serão críticas para ver até onde essa situação escala e se a corrida para os ativos de segurança foi justificada.”
Se o conflito se dissipar, ela espera que as ações e as ações de tecnologia se recuperem. O setor de tecnologia foi o pior desempenho da sessão, com Apple e Nvidia caindo cerca de 3%. O Nasdaq 100 reduziu uma perda de mais de 2% para uma queda de 1,4%. O S&P 500 caiu 0,9%, enquanto os títulos do Tesouro mantiveram um avanço.
O conflito ofuscou os sinais dos dados econômicos de terça-feira. O índice de preços ISM dos EUA teve a maior queda desde maio de 2023, enquanto as vagas de emprego nos EUA aumentaram em agosto para o maior nível em três meses, em desacordo com outras leituras que indicam uma demanda em desaceleração por trabalhadores.
Uma greve de estivadores também gera preocupação, já que, quanto maior tempo de paralisação nos principais portos de contêineres dos EUA, maiores serão as perdas econômicas. O JPMorgan Chase & Co. estima que a paralisação custará até US$ 4,5 bilhões por dia.
-- Com informações de Bloomberg News.