Ibovespa e NY fecham pregão em alta, mas encerram primeira semana do ano em baixa

Dados de emprego no Estados Unidos foram vistos como positivos, levando os três principais índices de ações de Wall St a fechar em alta nesta sexta-feira

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05 de Janeiro, 2024 | 06:57 PM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) encerrou esta sexta-feira (5) em alta de 0,61%, aos 132.022,92 pontos, acompanhando a alta nos mercados internacionais. Na semana, porém, o resultado do Ibovespa foi negativo: -1,62%.

Dados de emprego nos Estados Unidos interpretados como positivos, com a criação de vagas em dezembro acima das projeções, contribuíram para a alta, levando os índices americanos a encerrarem a sequência de quedas que vinha desde o fim do ano passado. O dólar caiu 0,75%, a R$ 4,87.

Entre as ações de maior peso no Ibovespa, a queda de 1,28% da Vale impediu um resultado melhor. Os grandes bancos, por outro lado, tiveram desempenho positivo: Itaú (ITUB4) subiu 2,34%, e Bradesco (BBDC4), 2,18%. As ações preferenciais da Petrobras (PETR3; PETR4) fecharam em alta de 0,23%.

As altas foram generalizadas entre os diferentes setores nesta sexta, ao contrário da véspera, em que apenas sete ações ficaram no positivo.

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As maiores altas desta sexta no Ibovespa foram: Soma (+6,85%), Cielo (+5,40%) e Alpargatas (+4,57%). Entre as quedas, Pão de Açúcar (-7,87%), Braskem (-2,71%) e IRB Brasil (-2,57%) lideraram.

Estados Unidos

Os três principais índices de ações nos Estados Unidos subiram no pregão desta sexta, mas também tiveram uma semana negativa. O Dow Jones subiu 0,07%; o S&P 500, 0,18%; e o Nasdaq Composite, 0,09%. As variações no acumulado da semana foram de, respectivamente, - 0,59%, - 3,35% e -1,52%.

O resultado negativo da primeira semana foi efeito principalmente da ata da última reunião do Federal Reserve, divulgada na quarta-feira (3), que fez o mercado diminuir as apostas de um corte de juros nos Estados Unidos. Mas as bolsas já haviam caído na véspera.

Dados preliminares de emprego do relatório ADP nesta quinta-feira também jogaram contra, assim como o patamar recorde que os índices alcançaram no fim do ano. As ações de tecnologia puxaram os índices para baixo devido ao movimento de correção.

O tom pessimista da semana mais curta sinaliza dificuldades para as ações no primeiro semestre, de acordo com Tom Lee, da Fundstrat Global Advisors. Os dados sobre empregos “aumentam a miséria do início de 2024″, disse ele.

“Os primeiros quatro dias de negociação de 2024 foram um péssimo começo para as ações”, escreveu em nota aos clientes. “O ano tende a terminar em janeiro. Ou seja, esta turbulência na primeira semana de negociações está nos dizendo para nos prepararmos para um ano desafiador.”

O estrategista, que foi um dos poucos a prever as altas do ano passado antes delas se materializarem, disse esperar outro rali apenas na segunda metade do ano.

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-- Com informações da Bloomberg News.

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Victor Sena

Editor assistente na Bloomberg Línea. Formado em Jornalismo pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Especializado em cobertura de economia.