Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) encerrou esta sexta-feira (5) em alta de 0,61%, aos 132.022,92 pontos, acompanhando a alta nos mercados internacionais. Na semana, porém, o resultado do Ibovespa foi negativo: -1,62%.
Dados de emprego nos Estados Unidos interpretados como positivos, com a criação de vagas em dezembro acima das projeções, contribuíram para a alta, levando os índices americanos a encerrarem a sequência de quedas que vinha desde o fim do ano passado. O dólar caiu 0,75%, a R$ 4,87.
Entre as ações de maior peso no Ibovespa, a queda de 1,28% da Vale impediu um resultado melhor. Os grandes bancos, por outro lado, tiveram desempenho positivo: Itaú (ITUB4) subiu 2,34%, e Bradesco (BBDC4), 2,18%. As ações preferenciais da Petrobras (PETR3; PETR4) fecharam em alta de 0,23%.
As altas foram generalizadas entre os diferentes setores nesta sexta, ao contrário da véspera, em que apenas sete ações ficaram no positivo.
As maiores altas desta sexta no Ibovespa foram: Soma (+6,85%), Cielo (+5,40%) e Alpargatas (+4,57%). Entre as quedas, Pão de Açúcar (-7,87%), Braskem (-2,71%) e IRB Brasil (-2,57%) lideraram.
Estados Unidos
Os três principais índices de ações nos Estados Unidos subiram no pregão desta sexta, mas também tiveram uma semana negativa. O Dow Jones subiu 0,07%; o S&P 500, 0,18%; e o Nasdaq Composite, 0,09%. As variações no acumulado da semana foram de, respectivamente, - 0,59%, - 3,35% e -1,52%.
O resultado negativo da primeira semana foi efeito principalmente da ata da última reunião do Federal Reserve, divulgada na quarta-feira (3), que fez o mercado diminuir as apostas de um corte de juros nos Estados Unidos. Mas as bolsas já haviam caído na véspera.
Dados preliminares de emprego do relatório ADP nesta quinta-feira também jogaram contra, assim como o patamar recorde que os índices alcançaram no fim do ano. As ações de tecnologia puxaram os índices para baixo devido ao movimento de correção.
O tom pessimista da semana mais curta sinaliza dificuldades para as ações no primeiro semestre, de acordo com Tom Lee, da Fundstrat Global Advisors. Os dados sobre empregos “aumentam a miséria do início de 2024″, disse ele.
“Os primeiros quatro dias de negociação de 2024 foram um péssimo começo para as ações”, escreveu em nota aos clientes. “O ano tende a terminar em janeiro. Ou seja, esta turbulência na primeira semana de negociações está nos dizendo para nos prepararmos para um ano desafiador.”
O estrategista, que foi um dos poucos a prever as altas do ano passado antes delas se materializarem, disse esperar outro rali apenas na segunda metade do ano.
-- Com informações da Bloomberg News.
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