Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) fechou em leve queda de 0,12% nesta terça-feira (17), negociado aos 134.960 pontos, enquanto investidores aguardam as decisões sobre as taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos na quarta-feira.
Os índices de Nova York encerraram perto da estabilidade. Os diretores do Federal Reserve (Fed) divulgam amanhã a decisão de política monetária. O consenso de analistas e economistas do mercado financeiro é de que o Fed deve iniciar um ciclo de corte de juros depois de elevar a taxa de referência ao maior patamar em duas décadas.
No Brasil, a expectativa é que o Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, faça o movimento contrário, elevando a Selic para fazer frente ao aumento das expectativas de inflação no país.
O dólar (USDBRL) encerrou cotado a R$ 5,48, com recuo de 0,47%. As expectativas de movimentos contrários dos juros no Brasil e nos EUA favorecem a valorização do real.
Entre as ações, destaque para a Azul (AZUL4), que subiu 13,84%. É a terceira sessão de fortes ganhos depois de o papel avançar 10,91% na véspera e 22,5%, na sexta-feira (13).
A sequência de altas reflete as expectativas de investidores sobre as negociações da companhia aérea com arrendadores de aeronaves para otimizar a estrutura de capital.
A empresa disse em comunicado no domingo (15) que a negociação envolve, entre outros pontos, “uma potencial substituição de tal dívida por participação societária na Azul”.
A queda do Ibovespa foi puxada principalmente pelas ações da Petrobras (PETR3; PETR4). Os papéis preferenciais da estatal recuaram 0,46%, a R$ 37,04, e foram a principal contribuição negativa em volume. A Vale (VALE3) cedeu 0,48%, a R$ 58,22, e também contribuiu para as perdas do índice.
Os bancos também tiveram uma sessão de perdas. O Itaú Unibanco (ITUB4) cedeu 0,24%, o Bradesco (BBDC4) recuou 0,65% e o Banco do Brasil (BBAS3) caiu 0,63%. O Santander Brasil (SANB11) e BTG Pactual (BPAC11) fecharam perto da estabilidade.
Na agenda do dia, dados mostraram que o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) subiu 0,18% em setembro, abaixo dos 0,72% registrados em agosto. O índice acumula agora aumento de 2,54% no ano e de 4,25% nos últimos 12 meses. O IGP-10 calcula a variação dos preços entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
Nos Estados Unidos, as vendas no varejo aumentaram inesperadamente em agosto, impulsionadas por compras online que mascararam resultados mais variados em outros comerciantes.
O valor das compras no varejo, sem ajuste pela inflação, cresceu 0,1% após um ganho revisado de 1,1% em julho, mostraram dados do Departamento de Comércio. Excluindo automóveis e postos de gasolina, as vendas avançaram pelo quarto mês consecutivo.
- Com informações da Bloomberg News
