Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) continua sob influência negativa das bolsas dos Estados Unidos nesta terça-feira (11). O principal índice da B3 acompanha Wall Street e recua 0,64% por volta das 11h15, aos 123.625 pontos.
Já o dólar passa por correção após a alta de 1% na véspera. Nesta terça-feira, a moeda americana cai 0,25% contra o real e é cotada a R$ 5,84.
Nos EUA, os principais índices futuros de ações continuam pressionados diante da preocupação dos investidores com uma possível recessão na maior economia do mundo.
O Dow Jones futuro e o S&P500 futuro recuam 0,58% e 0,06%, respectivamente.
Já o Nasdaq futuro indica recuperação e sobe 0,51% após a derrocada de 4% do índice na véspera – em sua maior queda desde 2022.
As preocupações sobre a economia americana ganharam força nas últimas semanas com a postura protecionista do presidente americano Donald Trump e sua política tarifária sobre os produtos importados do Canadá, México e China.
Questionado no ‘Sunday Morning Futures’ da Fox News se ele espera uma recessão este ano, Trump disse: “Eu odeio prever coisas assim. Há um período de transição, porque o que estamos fazendo é muito grande.”
Diante das incertezas, o mercado está mais cauteloso. Um dos exemplos mais recentes vem do Citigroup, que rebaixou a recomendação sobre as ações dos EUA de overweight (equivalente à compra) para neutra, dizendo que a hegemonia do mercado acionário americano está em pausa, pelo menos por enquanto.
A opinião neutra sobre as ações dos EUA é válida para os próximos três a seis meses, escreveram os estrategistas do Citi, em nota.
“O fluxo de notícias da economia dos EUA provavelmente ficará aquém [do esperado para o] resto do mundo nos próximos meses”, acrescentaram.
O mercado aguarda ainda a divulgação de importantes índices de inflação nos EUA ao longo da semana. O índice de preços ao consumidor (CPI) de fevereiro será divulgado na quarta-feira (12), e o índice de preços ao produtor (PPI) na quinta-feira (13).
- Com informações da Bloomberg News.
Leia também
Wall Street começa a reavaliar as projeções elevadas para o S&P 500 em 2025
JPMorgan eleva ações do Brasil e cita chance de mudança de governo em 2026
Após ano recorde, Direcional adota cautela e amplia aposta no MCMV para 2025
