Ibovespa cai quase 1%, na contramão de ganhos em Nova York; dólar fica estável

Maioria das ações do índice brasileiro fechou o dia no vermelho; PetroRecôncavo e 3R lideraram os ganhos com notícias sobre potencial combinação de ativos

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Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) caiu 0,94% nesta quinta-feira (18) e fechou aos 127.315,74 pontos. O movimento foi na contramão do dia positivo nos Estados Unidos e na Europa. O dólar fechou praticamente estável, com alta de 0,03%, a R$ 4,93.

A maioria das ações do índice brasileiro fechou o dia em queda, com destaque para empresas do setor bancário, além de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3; PETR4).

A ação da mineradora se desvalorizou 0,65% e os papéis preferenciais da petroleira, 0,40%. O Banco do Brasil caiu 1,16%. Hapvida, Magazine Luiza e Vamos tiveram as maiores quedas do dia.

Diferentemente da Petrobras, as demais ações do setor de petróleo se valorizaram, acompanhando a alta do barril e as notícias de planos de uma possível combinação entre certos ativos da 3R com a PetroRecôncavo (RECV3), cujas ações subiram 7,62% e 11,70%, respectivamente.

Usiminas, CSN, CVC e Petz foram outros destaques positivos do Ibovespa nesta quinta.

Estados Unidos

Em Nova York, o mercado recuperou parte das perdas dos últimos pregões, com alta principalmente das empresas de tecnologia. O Dow Jones subiu 0,54%, o S&P 500, 0,88%, e o Nasdaq Composite, 1,35%.

Os traders de ações não foram abalados por dados que destacaram a força do mercado de trabalho, em um momento em que os membros do Fed estão atentos a sinais de desaceleração enquanto consideram eventuais cortes nas taxas de juros.

O presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, instou as autoridades a procederem com cautela em direção ao afrouxamento monetário, dada a possibilidade de impactos imprevisíveis, da campanha eleitoral até conflitos globais. Seu colega da Filadélfia, Patrick Harker, disse esperar que a inflação continue em queda em direção à meta de 2% ao ano.

“Dada a força subjacente da economia dos EUA, é difícil ficar muito pessimista neste momento”, disse Chris Zaccarelli, da Independent Advisor Alliance.

“O pessimismo e a dúvida generalizados sobre o mercado de ações e a economia são sinais contrários e uma das melhores razões para ir contra a massa. Quando o último cético for convertido, o mercado ficará novamente vulnerável a um grande choque, mas ainda não chegamos a esse ponto.”

-- Com informações da Bloomberg News.

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