Ibovespa opera em queda e dólar cai 1% com tarifas de Trump e ata do Copom no radar

China respondeu quase que imediatamente a novas tarifas dos EUA, enquanto Canadá e México entram em acordo para o adiamento das tarifas por um mês

Banco Central; Copom
04 de Fevereiro, 2025 | 11:11 AM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) recua neste começo de tarde de terça-feira (4), com investidores de olho nos desdobramentos da política tarifária do presidente dos Estados Unidos Donald Trump e a divulgação da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central.

O principal índice da B3 caía 0,33% por volta das 13h10, aos 125.500 pontos. Na véspera, o índice teve queda de 0,13%.

PUBLICIDADE

O dólar operava com queda de 0,95% contra o real, cotado a R$ 5,76. Se fechar em baixa, será a 12ª sessão consecutiva de perdas para a moeda americana.

Ao contrário do movimento no Brasil, o dólar ganha força globalmente. O índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana contra uma cesta de divisas de países desenvolvidos, avança 0,12% nesta terça-feira.

O fortalecimento da moeda americana vem na esteira da tensão comercial causada pela política tarifária do presidente Trump. A China impôs novas tarifas de 10% a 15% sobre uma série de produtos dos EUA momentos depois que o presidente americano impôs uma tarifa de 10% sobre os produtos de Pequim.

PUBLICIDADE

Apesar da retaliação, analistas consultados pela Bloomberg News disseram que as medidas de Pequim pareciam bastante comedidas.

As preocupações também foram atenuadas após Trump chegar a um acordo com os governos de México e Canadá para adiar a imposição de tarifas de 25% sobre os produtos importados dos dois países em um mês.

Os movimentos políticos ajudam no desempenho da renda variável americana. Enquanto os futuros do Dow Jones recuam 0,21%, os do S&P500 ficam estáveis, em leve alta de 0,01%. Já o Nasdaq futuro tem alta de 0,16%.

PUBLICIDADE

No cenário local, investidores também avaliam a divulgação da ata da última reunião do Copom. O Comitê reforçou a indicação de novo aumento de um ponto percentual no próximo encontro, em março.

O movimento deve levar a taxa básica de juros para o patamar de 14,25% ao ano.

- Com informações da Bloomberg News.

PUBLICIDADE

Leia também

Resposta chinesa com tarifas aos EUA parece ‘contida até o momento’, dizem analistas

EUA vão desacelerar com políticas de Trump, diz economista-chefe do Barclays

Guerra comercial já faz estragos: Diageo cita incertezas e retira meta de vendas