Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) encerrou o pregão desta sexta-feira (19) em alta de 0,25%, aos 127.636 pontos, mas chegou ao fim da semana com desvalorização de 2,56%.
As perdas destoaram do movimento positivo nos Estados Unidos, onde os principais índices tiveram alta e reverteram as quedas do início do ano. O dólar fechou o dia em queda de 0,12%, a R$ 4,93.
Gol, BRF e Azul foram destaques positivos no pregão. Banco do Brasil, Itaú e Eletrobras também subiram.
A alta da Gol de 6,02% aconteceu em um movimento de recuperação de parte das perdas dos últimas dias diante de notícias de que a companhia aérea estuda pedir recuperação judicial nos Estados Unidos. A informação foi antecipada inicialmente pela Bloomberg News no dia 10 de janeiro.
Já as ações de Vale (VALE3), Petrobras (PETR3; PETR4) e Bradesco (BBDC4) tiveram queda nesta sexta, o que impediu uma alta maior do índice. A mineradora caiu 1,30%; os papéis preferenciais da petroleira recuaram 0,53%, e os do Bradesco, 0,19%.
As maiores quedas do Ibovespa no dia foram de Locaweb, Raia Drogasil, SLC Agrícola e Bradespar.
Estados Unidos
Wall Street terminou a semana no positivo, com as bolsas em máximas históricas impulsionadas - mais uma vez - pela expectativa de que o Federal Reserve começará a cortar as taxas este ano, o que reforça as perspectivas para as empresas. O Dow Jones subiu 1,05%, o S&P 500, 1,23%, e o Nasdaq Composite, 1,70%.
A recuperação das big techs levou o S&P 500 ao maior patamar histórico após dois anos, apagando as perdas do início de 2024 e ultrapassando o nível alcançado durante o rali do fim de 2023.
Alimentado pela esperança de que o boom de inteligência artificial continue a impulsionar o mercado, o índice de referência ultrapassou os 4.800 pontos – desafiando os avisos de que a recuperação continua concentrada em um grupo mais restrito de ações. O mesmo aconteceu com o Nasdaq e o Dow Jones.
A queda na volatilidade dos papéis do Tesouro foi vista a ser um bom presságio no mercado.
“Há muito mais notícias boas do que más nos dados econômicos subjacentes à medida que entramos em 2024, com o arrefecimento da inflação”, disse Art Hogan da B Riley Wealth.
“Vemos um caminho plausível para que a inflação continue a diminuir gradualmente, o fim dos aumentos das taxas do Fed e uma reaceleração do crescimento económico na segunda metade de 2024.”
-- Com informações da Bloomberg News.
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