Ibovespa sobe em dia de decisão sobre Selic

Sessão é de cautela na bolsa brasileira nesta quarta-feira (19) à espera da decisão do Copom, com expectativa de manutenção da taxa básica

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Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) tinha leve alta nesta quarta-feira (19), com os investidores à espera da decisão do Banco Central (BC) sobre os juros do país e em um dia de menor liquidez nos mercados por conta do feriado nos Estados Unidos, após uma manhã inteira em queda.

Por volta das 15h54 (horário de Brasília), o principal índice de ações do mercado brasileiro subia 0,33%, negociado aos 120.019 pontos. O dólar, por sua vez, subia 0,44%, a R$ 5,45.

As atenções estarão voltadas às 18h, no horário de Brasília, para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) em relação à Selic.

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Segundo analistas ouvidos pela Bloomberg News, é esperado que seja feita uma pausa no ciclo de quase um ano de cortes nas taxas de juros, já que os formuladores de políticas enfrentam uma crise de credibilidade generalizada e lutam para domar as expectativas de inflação que estão subindo ainda mais acima da meta.

“O Banco Central provavelmente interromperá seu ciclo de flexibilização nesta quarta-feira, com a política monetária ainda apertada, enquanto tenta conter o aumento das expectativas de inflação. Esperamos uma declaração pós-reunião mais hawkish, embora os formuladores de políticas possam tentar desviar os mercados dos aumentos das taxas precificados pela curva de juros”, avalia Adriana Dupita, economista da Bloomberg para Brasil e Argentina.

Na Europa, as ações tentam manter uma direção única, enquanto os traders buscam novos catalisadores após os últimos ganhos impulsionados pelo setor de tecnologia nos EUA.

Apesar de Wall Street estar fechada nesta quarta, os contratos futuros do S&P 500 e do Nasdaq 100 subiram depois que os índices fecharam em novos recordes históricos. Esse avanço foi impulsionado por outro rali da Nvidia (NVDA), líder em inteligência artificial, que se tornou a empresa mais valiosa do mundo, com valor superior a US$ 3 trilhões.

As ações globais, de modo geral, ignoraram as tensões políticas na França e os sinais de que o Federal Reserve pode esperar até dezembro para cortar as taxas de juros.

Em vez disso, os investidores estão focados na imagem de crescimento econômico resiliente, que deve continuar a apoiar os lucros corporativos, especialmente no setor de tecnologia. Dados do Reino Unido reforçaram os sinais de que a inflação está desacelerando nas economias desenvolvidas.

---Com informações de Bloomberg News