Ibovespa avança com recuperação do exterior e dólar sobe a R$ 5,44; juros estão no radar

Investidores buscam sinais sobre a trajetória da política monetária no Brasil e nos Estados Unidos em falas de autoridades monetárias

Stock activity on an electronic board at the Brasil Bolsa Balcao (B3) stock exchange in Sao Paulo, Brazil, on Monday, Nov. 8, 2021
20 de Agosto, 2024 | 10:27 AM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) avança nesta terça-feira (20), em uma sessão de ganhos para as commodities e com investidores buscando pistas sobre o rumo dos juros no Brasil e nos Estados Unidos.

Por volta das 10h20 (horário de Brasília), o principal índice de ações da bolsa brasileira subia 0,08%, aos 135.887 pontos. A sessão é de ganhos para a Vale (VALE3) e para a Petrobras (PETR3; PETR4). O dólar, por sua vez, subia 0,58% no mesmo horário, a R$ 5,44.

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Na agenda do dia, destaque para falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento pela manhã. Investidores buscam pistas sobre a trajetória dos juros em um contexto de piora das expectativas de inflação e aumento nas projeções para a taxa Selic.

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Em entrevista ao jornal O Globo, Campos Neto afirmou que o Comitê de Política Monetária (Copom) não antecipou as próximas decisões sobre os juros do país e que espera que o sucessor “não seja julgado por proximidade com o governo”.

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“Eu espero que a pessoa que venha me suceder aqui não seja julgada nem pela cor da camisa com a qual ele votou, nem pelas reuniões que ele fez, nem pelos jantares que ele fez, e sim pelas decisões técnicas que tomou”, disse ele.

No exterior, atenção para o simpósio anual de Jackson Hole, nos Estados Unidos, com destaque para as falas do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na sexta-feira (23). Os traders têm ampliado suas apostas em um início do ciclo de cortes de juros nos EUA em setembro.

Entre as commodities, o ouro subiu para mais de US$ 2.520 a onça nesta terça, atingindo um novo recorde histórico, à medida que as apostas em políticas monetárias menos restritivas pelos principais bancos centrais aumentaram o suporte para ativos considerados “porto seguro” em meio a preocupações geopolíticas persistentes.

Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.