Ibovespa avança com Petrobras e após falas de Powell sobre juros; dólar cai

Sessão é de ganhos para as bolsas globais nesta quinta-feira (4), com investidores atentos a novas falas de membros do Federal Reserve

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Bloomberg Línea — Um ambiente de maior otimismo, com investidores repercutindo falas do presidente do Federal Reserve de que haverá corte de juros nos EUA este ano, contribui para ganhos do Ibovespa (IBOV) nesta quinta-feira (4).

Por volta das 10h20 (horário de Brasília), o índice subia 0,95%, aos 128.532 pontos, apesar de uma sessão de queda para commodities como o minério de ferro e o petróleo. As ações da Petrobras (PETR3; PETR4), por exemplo, subiam 0,84% e 1,12% no mesmo horário. O dólar, por sua vez, tinha leve queda, negociado a R$ 5,03.

Jerome Powell sinalizou na quarta-feira (3) que os formuladores de políticas monetárias aguardarão sinais mais claros de uma inflação mais baixa antes de cortar as taxas de juros, mesmo que um aumento recente nos preços não tenha alterado sua trajetória mais ampla.

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Ele disse que os dados recentes de inflação – embora acima do esperado – não “mudaram materialmente” o quadro geral. Ele reiterou sua expectativa de que provavelmente será apropriado começar a reduzir as taxas “em algum momento deste ano”.

Os mercados de swap ainda precificam menos de três cortes de taxa para 2024 e veem apenas uma chance de 56% de o ciclo de flexibilização começar em junho.

Os investidores seguem monitorando falas de membros dos bancos centrais, em busca de pistas sobre o rumo dos juros. Hoje, Tom Barkin, Loretta Mester e Adriana Kugler, do Fed, discursam.

No Brasil, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou ontem em evento a mensagem de que a mudança do guidance no último comunicado de decisão do Copom se deveu ao aumento da incerteza –e que isso não significa que o processo de convergência tenha mudado.

Ainda assim, traders estão apostando nas probabilidades de um fim rápido do ciclo de flexibilização após um corte de 0,50 ponto percentual nas taxas em maio e um movimento de 0,25 p.p. em junho

O UBS BB, por exemplo, revisou para cima sua projeção para a Selic no fim do ciclo de flexibilização monetária. Agora, o banco prevê uma taxa terminal de 8% ao ano, ante 8,5% anteriormente.

No radar corporativo, o Santander (SANB11) elevou para compra a recomendação para os papéis da B3 (B3SA3) em meio à queda de 20% das ações no acumulado do ano e potencial de ganhos em um cenário de Selic de um dígito (atualmente em 10,75% ao ano). As ações subiam cerca de 3% na abertura após o relatório.