Ibovespa avança com expectativa de corte de juros maior nos EUA; Azul sobe 22,5%

Corte de meio ponto percentual voltou ao radar de investidores, o que impulsionou os ativos no Brasil e em Nova York; na semana, bolsa tem ganho de 0,23%

After Hours
13 de Setembro, 2024 | 06:02 PM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) fechou em alta de 0,64%, aos 134.882 pontos, nesta sexta-feira (13), em um dia de ganhos nos mercados internacionais. Investidores renovaram as apostas de que o Federal Reserve (Fed) pode fazer um corte de juros de meio ponto percentual, maior do que o esperado anteriormente.

O índice da bolsa brasileira encerrou a semana com ganho de 0,23%, depois de recuar na semana anterior. O dólar (USDBRL) cedia 1,04% e operava a R$ 5,57 ao fim do pregão.

Depois de ser praticamente descartada nos últimos dias, a probabilidade de um corte de 50 pontos-base implícita nos juros futuros americanos voltou a 40%, depois de chegar a 4% durante a semana.

O gatilho para a reprecificação foi uma reportagem do Wall Street Journal publicada na quinta-feira (12), dizendo que os dirigentes do Fed estariam considerando se reduzirão a taxa básica em apenas 0,25 ponto percentual ou 0,50.

PUBLICIDADE

Embora dados recentes de inflação e do mercado de trabalho tenham reforçado o argumento por um movimento comedido, isso não anulou completamente a especulação sobre uma redução mais agressiva.

No Brasil, os ganhos foram puxados pela B3 (B3SA3), que subiu 0,66%, a R$ 12,13, e foi a maior contribuição positiva em volume. A Vale (VALE3) avançou 0,67%, a 58,50, e também contribuiu para os ganhos do dia.

A Petrobras (PETR3; PETR4) recuou, no entanto, impedindo um avanço maior do Ibovespa. As ações ordinárias caíram 0,30%, e as preferencias perderam 0,46%.

A sessão foi positiva para os bancos. O Itaú Unibanco (ITUB4) subiu 0,11%, a R$ 37,01. Banco do Brasil (BBAS3), Santander Brasil (SANB11) e BTG Pactual (BPAC11) também avançaram.

Destaque ainda para a Localiza (RENT3), que subiu 4,62%, e ficou entre as principais contribuições positivas.

A Azul (AZUL4) avançou 22,52% e liderou entre as maiores altas do dia, com as expectativas de investidores sobre um acordo da companhia aérea com as empresas arrendadoras de aeronaves para renegociar sua dívida.

A CVC (CVCB3) subiu 14,29%, ficando também entre os maiores ganhos. A agência de viagens informou ter chegado a um acordo com debenturistas sobre os principais termos de um reperfilamento da dívida.

PUBLICIDADE

Na agenda do dia, o IBC-Br, divulgado pelo Banco Central (BC), caiu 0,40% em julho, após subir 1,40% em junho. No ano, a alta foi de 2,6%.

Segundo a XP Investimentos, “a atividade doméstica irá desacelerar gradualmente ao longo deste semestre”.

“A dissipação do choque positivo da agricultura, sinais de moderação no mercado de trabalho e condições de crédito ainda apertadas apoiam esse prognóstico. Projetamos que o PIB do Brasil crescerá 2,8% em 2023″, afirmam os analistas.

-- Com informações da Bloomberg News