Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) fechou a sessão desta quinta-feira (24) em alta, acompanhando os índices americanos, que subiram apesar das incertezas envolvendo a guerra comercial entre Estados Unidos e China.
O principal índice da B3 avançou 1,79%, aos 134.580 pontos, o maior nível de fechamento em 2025 e o patamar mais alto desde setembro do ano passado.
O dólar, por sua vez, caiu abaixo da marca dos R$ 5,70. A divisa americana recuou 0,47% contra o real, cotado a R$ 5,692.

A queda do dólar acompanhou o clima de incerteza em torno das negociações entre EUA e China.
Após o presidente Donald Trump sinalizar que estaria disposto a reduzir as tarifas impostas, a China respondeu dizendo que não há conversas consistentes para chegar a um acordo.
“Os EUA devem responder às vozes racionais da comunidade internacional e dentro de suas próprias fronteiras e remover completamente todas as tarifas unilaterais impostas à China, se realmente quiserem resolver o problema”, disse o porta-voz do Ministério do Comércio, He Yadong, em uma reunião na quinta-feira (24) em Pequim.
Yadong também rejeitou as especulações de que houve progresso nas comunicações bilaterais, e disse que “quaisquer relatos sobre o avanço das negociações são infundados” e pedindo aos EUA que “demonstrem sinceridade” se quiserem fazer um acordo.
Apesar do revés, o recuo de Trump foi suficiente para continuar impulsionando as bolsas americanas, que fecharam em alta nesta quinta-feira, com o S&P500 avançando 2,03%. Nasdaq e Dow Jones tiveram altas de 2,74% e 1,23%, respectivamente.
O S&P 500 registrou três dias de ganhos acima de 1,5%, o que equivale à maior sequência de ganhos dessa magnitude desde 1974, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.
“Agora que o mercado recuperou uma parte razoável de suas perdas, ele pode iniciar o processo de manter essa toada”, disse David Laut, diretor de investimentos da Abound Financial. “Embora a recuperação não seja linear, é encorajador ver o mercado começar a precificar um ambiente pós-tarifário.”
- Com informações da Bloomberg News.
Leia também
Dólar em baixa: Tarifas podem levar moeda ao menor valor em uma década, diz Deutsche
Euro desponta como alternativa ao dólar diante de guerra comercial de Trump