Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) oscilava nesta quinta-feira (19), com os investidores reagindo ao comunicado mais duro do Comitê de Política Monetária (Copom).
Às 15h11, no horário de Brasília, o principal índice dos mercados brasileiros caía 0,28%, aos 133.370 pontos. O dólar, por sua vez, caía 0,63%, a R$ 5,42.
Ontem depois do fechamento dos mercados, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou um aumento de 0,25 ponto percentual na taxa de juros do Brasil, para 10,75% ao ano, afirmando que o cenário atual “demanda uma política monetária mais contracionista”.
O aumento de juros marcou uma virada na política monetária no momento em que, nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) iniciou uma aguardada redução de juros, com queda de 50 pontos base, para o intervalo entre 4,75% e 5,00% ao ano.
No Brasil, o Copom interrompeu o ciclo de cortes em maio e manteve a Selic em 10,50% ao ano nas últimas três reuniões diante do aumento das expectativas de inflação.
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Mesmo assim, o mercado parece já ter precificado o aumento dos juros — já que a alta era esperada — e também se aproveita de um otimismo maior nos EUA.
“Embora o reforço da credencial antinflacionária seja bem-vindo, o fiscal frouxo mantém a percepção de risco elevada. Mesmo com a incerteza fiscal limitando uma arrancada mais forte, os ativos brasileiros vão se beneficiar do fluxo estrangeiro com os cortes do Fed”, disseram analistas da corretora Monte Bravo.
Cenário externo
O S&P 500 ultrapassou os 5.700 pontos. O índice de volatilidade favorito de Wall Street — o VIX — caiu abaixo de 17. Isso acontece antes de um evento trimestral, ominosamente conhecido como “tríplice bruxaria”, no qual contratos de derivativos atrelados a ações, opções de índice e futuros estão programados para vencer — amplificando potencialmente os movimentos do mercado.
-- Com informações de Bloomberg News.
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