Ibovespa acompanha otimismo no exterior e avança; dólar cai a R$ 5,61

Investidores repercutem falas do Banco do Japão sobre rumo da política monetária enquanto monitoram a safra de balanços do 2º trimestre

Traders na NYSE
07 de Agosto, 2024 | 10:20 AM

Bloomberg Línea — As bolsas globais têm mais uma sessão de recuperação nesta quarta-feira (7), impulsionadas por um rali em Wall Street e após o Banco do Japão (BoJ) tranquilizar os investidores ao afirmar que não subirá juros quando os mercados estiverem instáveis.

No Brasil, o Ibovespa (IBOV) subia 0,50%, negociado aos 126.903 pontos às 10h20 (horário de Brasília), enquanto o dólar caía 0,97%, a R$ 5,61. Ontem, a ata mais “hawkish” (favorável a juros mais altos) do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, contribuiu para a valorização do real.

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Apesar de não fornecer guidance (projeção) para as futuras reuniões, a autoridade monetária deixou a porta aberta para um aumento nos juros caso julgue necessário.

Leia também: Por que a queda do S&P 500 pode ser uma oportunidade de compra, segundo o Goldman

Na agenda de indicadores, a inflação medida pelo IGP-DI acelerou para 0,83% em julho, puxada pelo aumento de preços de commodities e combustíveis. Os investidores aguardam agora os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serão divulgados na sexta (9).

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No âmbito corporativo, o Itaú Unibanco (ITUB4) reportou lucro líquido recorrente de R$ 10,1 bilhões no segundo trimestre, o que representa uma alta de 15,2% em 12 meses.

O ROE (retorno recorrente sobre o patrimônio líquido médio anualizado) no período foi de 22,4%. O indicador de rentabilidade cresceu 1,5 ponto percentual em 12 meses e 0,5 p.p. em três meses, de acordo com os resultados divulgados na noite de terça-feira (6).

A Eletrobras (ELET3; ELET6) e o Banco do Brasil (BBAS3) também divulgarão seus resultados nesta quarta-feira.

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No exterior, os futuros do S&P 500 e do Nasdaq 100 subiam 1,15% e 1,43% no mesmo horário, com os balanços do segundo trimestre no radar.

Preocupações com uma desaceleração na economia dos Estados Unidos e valuations extremamente altos para as ações de tecnologia ajudaram a alimentar um selloff na segunda-feira, que contribuiu para a perda de US$ 6,5 trilhões em valor das ações ao longo de três semanas.

-- Com informações da Bloomberg News

Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.