Bloomberg — As ações globais devem ter uma alta de dois dígitos em 2024 se o Federal Reserve mudar o rumo da política monetária e permitir que a economia americana evite uma recessão, segundo os estrategistas do HSBC.
“Se o Fed conseguir arquitetar um pouso suave, isso daria um impulso significativo às ações”, disse a equipe liderada por Alastair Pinder.
Em mudanças anteriores da trajetória de juros do Fed em que um pouso forçado da economia foi evitado, o S&P 500 subiu em média 22%, entre o momento em que o banco central interrompeu as altas de juros pela primeira vez e seis meses depois de o Fed ter iniciado os cortes.
Os estrategistas esperam que o índice FTSE All-World termine o próximo ano em 480 pontos, o que implicaria uma alta de quase 10% em relação ao nível desta terça-feira (7).
Os EUA e os mercados emergentes continuam a ser as regiões com maior peso para o banco, com estimativas de lucros mais fortes.
A previsão otimista do HSBC chega em um momento de recuperação do S&P 500 este mês, após queda nos últimos três meses por conta dos receios com juros mais altos por mais tempo.
Michael Wilson, do Morgan Stanley (MS), chamou a alta recente de um rali de mercado de baixa e Marko Kolanovic, do JPMorgan (JPM), disse que é um “movimento reflexo”. Mas a equipe do HSBC discorda.
“Os riscos parecem mais bem precificados após a recente retração”, disseram os estrategistas do HSBC. Tecnologia e consumo estão entre os setores preferidos do banco.
Pinder disse que os principais riscos para a previsão da sua equipa incluem um ambiente de juros mais altos por mais tempo, incerteza geopolítica elevada e ruídos em torno das eleições nos EUA, bem como uma desaceleração mais acentuada do que o esperado da economia chinesa.
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