Bloomberg — A alta das ações ligadas à inteligência artificial (IA) dá poucos sinais de uma desaceleração, mas uma análise histórica sugere que é hora de embolsar os ganhos – ao menos com os maiores nomes do setor.
Em relatório, estrategistas do Citigroup (C) destacam que o sentimento em relação às ações ligadas à IA é o mais forte desde 2019 e que as previsões de fluxo de caixa livre para a maioria das empresas deve superar as expectativas.
Uma conjunção de fatores como essa normalmente sugere que “uma volatilidade significativamente maior” está a caminho. E, embora possa não haver sinais de uma bolha, a disparada de alguns papéis é “preocupante”, disse a equipe liderada por Drew Pettit.
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O entusiasmo em torno da IA impulsionou ações a níveis recordes este ano. A Nvidia (NVDA) chegou a ser cotada brevemente como a empresa mais valiosa do mundo, e a gigante de chips Taiwan Semiconductor Manufacturing chegou a ultrapassar US$ 1 trilhão em valor de mercado.
“Continuamos a sugerir que os investidores realizem lucros com os principais nomes de IA”, em particular, as fabricantes de chips, escreveram os estrategistas.
Os investidores devem reequilibrar os portfólios com “uma gama mais ampla de ações de IA”, disseram.
Mas alguns gestores dizem que a empolgação com a IA não desaparecerá no segundo semestre.
Investidores e estrategistas entrevistados pela Bloomberg News se dividem entre apostar se gigantes como Nvidia continuarão a puxar a alta ou se empresas que se beneficiam indiretamente, como elétricas e fornecedoras de infraestrutura, assumirão a liderança.
Não ter ações de IA na carteira ou apostar contra “seria difícil para muitos no buy-side”, como é chamada a indústria de gestão de recursos, disseram os estrategistas do Citi.
“As nossas estimativas sugerem que os preços das ações implicam expectativas muito elevadas, mas as projeções de consenso de longo prazo sugerem que a maioria é alcançável”, afirmaram. “Essencialmente, o sentimento é muito otimista, mas ainda parece tímido em relação a uma completa bolha.”
-- Com a colaboração de Abhishek Vishnoi.
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