Hartnett, do BofA: economia mais fraca dos EUA pode ampliar ‘selloff’ em tech

Segundo o estrategista do Bank of America, os sinais de uma desaceleração econômica alimentariam uma rotação para as ações que ficaram para trás das big techs no ano

O estrategista do Bank of America Michael Hartnett
Por Sagarika Jaisinghani
26 de Julho, 2024 | 11:50 AM

Bloomberg — A recuperação das ações de tecnologia dos Estados Unidos corre o risco de desaparecer ainda mais se a economia do país continuar a esfriar, de acordo com Michael Hartnett, do Bank of America (BAC).

O estrategista – que está otimista em relação aos títulos de renda fixa para a segunda metade de 2024 – disse que os sinais de uma desaceleração econômica alimentariam uma rotação para as ações que ficaram atrás das big techs este ano.

Em uma nota desta sexta-feira (26), Hartnett disse que os dados recentes sugerem que a economia global estava “doente” e que “estamos distante de apenas um relatório de empregos ruim” para que as ações de grandes empresas de tecnologia percam o domínio.

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A trajetória ascendente das ações de tech, incluindo Apple (AAPL), Amazon (AMZN), Alphabet (GOOGL), Microsoft (MSFT), Nvidia (NVDA) e Meta (META), saiu dos trilhos nas últimas duas semanas, com os investidores migrando para ações de menor capitalização, apostando que o Federal Reserve (Fed) poderá começar a cortar as taxas de juros em breve.

Hartnett, do BofA, diz que o domínio do grupo pode desaparecer se a economia americana esfriar

Cerca de US$ 2,6 trilhões foram eliminados do valor de mercado das empresas do índice Nasdaq 100, com grande exposição ao setor de tecnologia, desde o recorde em 10 de julho, também alimentado por preocupações de que os grandes investimentos em inteligência artificial talvez não compensem tão cedo.

Ainda assim, Hartnett, do BofA, disse que os otimistas do mercado veem a correção como “saudável” após os fortes ganhos.

O Nasdaq 100 caiu cerca de 9% desde 10 de julho, mas continua subindo mais de 30% desde que atingiu seu ponto mais baixo em outubro de 2023.

O indicador “bull-and-bear” do Bank of America subiu para 6,9 na semana até 24 de julho, atingindo o valor mais alto em mais de três anos.

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