Goldman Sachs vê novo rali em Wall St apoiado por ações que ‘ficaram para trás’

Com a nova máxima histórica do S&P 500 concentrada nas “Magnificent 7”, estrategistas veem espaço para papéis que ficaram atrasados no mercado acionário

Ações dos Estados Unidos e da Europa atingiram máximas históricas este ano
Por Sagarika Jaisinghani
26 de Fevereiro, 2024 | 11:17 AM

Bloomberg — Os mercados de ações têm espaço para estender os ganhos além de máximas históricas se a perspectiva econômica continuar positiva e os investidores aportarem dinheiro em ações “que ficaram para trás”, segundo estrategistas do Goldman Sachs (GS).

A alta do índice americano S&P 500 para uma máxima histórica deixou a posição dos investidores “extremamente” concentrada nas ações chamadas “Magnificent Seven” – que incluem nomes como Apple (AAPL), Microsoft (MSFT), Nvidia (NVDA), Alphabet (GOOGL) e Meta (META).

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Embora isso crie o risco de uma correção, segundo estrategistas do banco liderados por Cecilia Mariotti, também há “espaço para um sentimento e posição otimistas serem ainda mais apoiados, especialmente se começarmos a ver uma rotação mais significativa para “fora do dinheiro” [quando uma opção ainda não atingiu seu preço de exercício (strike price)] e em ativos arriscados e ações atrasadas dentro do mercado acionário”.

Ações dos Estados Unidos e da Europa atingiram máximas históricas este ano, com os investidores apostando que os bancos centrais começariam a reduzir as taxas de juros, apesar da economia permanecer resiliente.

A maioria desses ganhos foi impulsionada por gigantes da tecnologia. Nos Estados Unidos, o desempenho do índice S&P 500 está próximo das máximas de 2009 em relação ao índice equivalente ponderado, que dilui o impacto das megacaps (empresas de grande capitalização) de tecnologia.

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Outros estrategistas, incluindo Michael Hartnett, do Bank of America (BAC), também veem mais suporte para os mercados acionários devido ao interesse em inteligência artificial e à confiança no crescimento econômico.

Marko Kolanovic, do JPMorgan (JPM), é uma exceção, alertando sobre os riscos das ações em relação à estagflação dos anos 70.

De forma geral, os estrategistas monitorados pela Bloomberg esperam que o S&P 500 encerre o ano em torno de 4.897 pontos, em média, o que implica queda de cerca de 4% em relação ao nível atual.

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