Bloomberg — A lenta recuperação econômica da China deve atrasar a esperada alta no preço do cobre, disse o Goldman Sachs (GS) ao reduzir sua previsão para o valor do metal no próximo ano em quase US$ 5.000 por tonelada.
A forte queda nos estoques de cobre que o banco vinha antecipando ocorrerá muito mais tarde do que se pensava anteriormente, afirmou em nota a equipe dos analistas Samantha Dart e Daan Struyven.
O Goldman reduziu sua estimativa para o metal para US$ 10.100 por tonelada para o próximo ano e adiou sua previsão anterior de US$ 12.000 no final de 2024 para depois de 2025.
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O banco de Wall Street também revisou para baixo sua previsão de preço para o alumínio em 2025, de US$ 2.850 por tonelada para US$ 2.540.
Os analistas também mantiveram uma visão pessimista para o minério de ferro e o níquel, e afirmaram que o ouro é sua proteção preferida a curto prazo contra riscos geopolíticos e financeiros.
A mudança na visão do Goldman Sachs ocorre enquanto os estoques de matérias-primas se acumulam na China, com a atividade econômica fraca demais para escoar os excedentes.
A contínua crise no setor imobiliário do país e os ventos contrários crescentes para seus setores de manufatura e exportação estão tornando a meta de crescimento econômico anual de 5% estabelecida por Pequim cada vez mais difícil de alcançar.
“A demanda por commodities na China, mais fraca do que o esperado, bem como os riscos negativos para as perspectivas econômicas futuras do país, nos levam a uma visão tática mais seletiva e menos construtiva das commodities”, afirmou o banco.
O ouro se destaca como “a commodity em que temos maior confiança em uma valorização de curto prazo”, disse o Goldman, ao manter sua meta de US$ 2.700 a onça para o início de 2025.
O metal precioso será impulsionado por um aumento nos fluxos de investidores institucionais no Ocidente, à medida que o Federal Reserve se prepara para cortar as taxas de juros, enquanto a contínua e voraz demanda por parte dos bancos centrais continuará a oferecer suporte.
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