Goldman diz que geopolítica coloca em risco alta do S&P 500

Risco poderia trazer, por outro lado, um “alívio” aos yields das Treasuries, diante da demanda por ativos seguros, e aumentar a possibilidade de uma postura mais dovish do Fed

placa de Wall Street é exibida em frente à Bolsa de Valores de Nova York, em Nova York, EUA
Por Farah Elbahrawy
18 de Outubro, 2023 | 02:15 PM

Bloomberg — Qualquer alta do mercado acionário americano estará em risco se a incerteza geopolítica aumentar ainda mais, segundo o Goldman Sachs.

O agravamento do conflito Israel-Hamas ameaça afetar o fornecimento de petróleo no Oriente Médio e reduzir o apetite por ativos de risco. Ao mesmo tempo, os investidores continuam preocupados com a trajetória da política monetária do Federal Reserve e com o salto dos juros sobre a dívida americana.

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Por um lado, o risco geopolítico pode trazer “algum alívio” aos yields, diante da demanda por ativos considerados seguros como os Treasuries americanos, e aumentar a possibilidade de uma postura mais dovish do banco central americano. Mas “um período prolongado de incerteza geopolítica, juntamente com um ambiente macro ainda inflacionário, deve acabar desencadeando preocupações de crescimento”, escreveram estrategistas do Goldman, incluindo Cecilia Mariotti.

Neste contexto, a equipe do banco estima que qualquer alta no final do ano seja de curta duração. Até agora, porém, o índice S&P 500 subiu desde o início do conflito. O índice VIX de volatilidade implícita nas opções permanece moderado, negociado abaixo de 20 pontos há mais de 100 dias, o período mais longo em cinco anos.

O estrategista Marko Kolanovic, do JPMorgan, esta semana disse que os investidores devem buscar segurança porque o agravamento das tensões geopolíticas alimentadas pelo conflito no Médio Oriente é um obstáculo a mais para os ativos de risco e para a atividade econômica.

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