Bloomberg — A volatilidade nos mercados financeiros globais não prejudicou o otimismo dos investidores em relação às grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos, nem as expectativas de um pouso suave da economia, de acordo com uma pesquisa do Bank of America (BAC).
Embora a pesquisa, que foi feita entre os dias 2 e 8 de agosto e cobriu o auge da turbulência da semana passada, tenha mostrado uma rotação defensiva para títulos e caixa e para fora das ações, as apostas compradas (aposta na alta) nas ações de tecnologia das “Sete Magníficas” continuaram a ser as preferidas – embora menos depois do selloff.
As ações de crescimento de grande valor de mercado – dominadas pelo setor de tech – ainda eram vistas como as prováveis líderes de uma nova alta do mercado nos EUA, embora a convicção tenha diminuído de 47%, em julho, para 36% este mês.
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“O otimismo central em relação ao pouso suave e às ações de crescimento de grande capitalização dos EUA continua inalterado”, escreveu o estrategista Michael Hartnett na nota. “Mas os investidores agora acham que o Fed precisa cortar mais [juros] para garantir que não haja uma recessão.”
A pesquisa, que entrevistou 189 gestores com US$ 508 bilhões em ativos, mostrou que as expectativas de um pouso suave saltaram para 76%, de 68% em julho.
Ainda assim, as expectativas de crescimento global caíram drasticamente, com um total de 47% dos entrevistados esperando agora uma economia mais fraca nos próximos 12 meses. Uma recessão nos Estados Unidos substituiu o conflito geopolítico como o maior risco macroeconômico.
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As ações de tecnologia lideraram a derrocada dos mercados acionários, prejudicadas por valuations elevados e preocupações de que o Federal Reserve tenha sido muito lento para cortar as taxas de juros a tempo de evitar uma recessão.
Embora o índice Nasdaq 100, com grande exposição ao setor de tecnologia, tenha recuperado todas as perdas do início da semana passada, ele continua cerca de 10% abaixo de seu recorde de alta em julho.
A pesquisa do BofA mostrou que a alocação em ações caiu para uma exposição overweight (acima da média do mercado, equivalente a compra) de 11% – a maior queda na base mensal desde setembro de 2022.
Ao mesmo tempo, a exposição a títulos subiu de 9% de overweight em julho para um underweight (abaixo da média do mercado, equivalente a venda) líquido de 8%. Essa é a maior alocação desde dezembro.
A maior alocação regional em ações foi para ações dos EUA, enquanto a exposição a ações japonesas teve a maior queda mensal desde abril de 2016.
--Com a colaboração de Michael Msika.
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