Futuros nos EUA operam em queda à espera de dados do varejo

O petróleo subiu pelo segundo dia consecutivo depois que a China, maior importadora, anunciou que tomará medidas para impulsionar o consumo por meio do aumento da renda

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Bloomberg — Os futuros de ações dos EUA operam em queda nesta segunda-feira (17) à espera de dados de vendas do varejo americano.

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, enfrenta o desafio de assegurar aos investidores que a economia continua em bases sólidas. Os dados de vendas no varejo dos EUA, que serão divulgados nesta segunda-feira, podem fornecer mais pistas sobre as perspectivas para as taxas de juros do Fed.

“Trump e sua administração demonstraram uma maior tolerância para os efeitos econômicos adversos das tarifas do que esperávamos”, escreveram Jonathan Millar e colegas do Barclays. Para o Fed, “esperamos que a projeção mediana indique apenas um corte este ano e dois no próximo.”

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Os contratos do S&P 500 e do Nasdaq 100 caíram 0,6%. O índice Stoxx 600 da Europa teve pouca variação. Um indicador de ações asiáticas subiu, à medida que dados mostraram um aumento no consumo na China.

Em outra ponta, o Secretário do Tesouro, Scott Bessent disse no programa Meet the Press, da NBC, neste domingo (16), que não está preocupado com a queda das ações dos EUA, depois que cerca de US$ 5 trilhões foram apagados do valor do S&P 500 e o índice entrou em correção. Seus comentários frustram aqueles que esperavam que o presidente Donald Trump tomasse medidas para amortecer o impacto de suas políticas no mercado.

“Essa declaração causou certa preocupação para muitos em Wall Street, que contavam com Bessent para ser a ‘voz da razão’ da segunda administração Trump na política econômica, moderando alguns dos instintos mais agressivos do presidente em relação ao comércio e injetando liquidez nos mercados financeiros sempre que eles mostrassem sinais de instabilidade”, disse Benjamin Picton, estrategista do Rabobank.

O petróleo subiu pelo segundo dia consecutivo depois que a China, maior importadora, anunciou que tomará medidas para impulsionar o consumo por meio do aumento da renda, e os EUA ordenaram novos ataques contra os houthis no Iêmen. O dólar e os títulos do Tesouro permaneceram estáveis.

Os investidores voltarão sua atenção, ainda esta semana, para uma série de reuniões de bancos centrais. O Banco do Japão deve manter sua taxa estável após um aumento no mês passado, e o Banco da Inglaterra também deve manter sua política inalterada.

Veja a seguir outros destaques desta manhã de segunda-feira (17):

- Forever 21 pede falência. A operadora varejista dos EUA entrou com pedido de recuperação judicial pelo Chapter 11. A empresa listou ativos de US$ 100 milhões a US$ 500 milhões e passivos de US$ 1 bilhão a US$ 10 bilhões em seu segundo pedido de recuperação.

- Nova aquisição da AstraZeneca. A fabricante britânica de medicamentos concordou em comprar a EsoBiotec, desenvolvedora belga de terapia celular, por US$ 1 bilhão, para reforçar sua capacidade de desenvolver terapias para o câncer. A transação deve ser concluída no segundo trimestre.

- Malásia na mira dos data centers. A operadora chinesa de data centers GDS estaria em busca de um empréstimo equivalente a US$ 3,4 bilhões para suas operações na Malásia, segundo pessoas familiarizadas com o assunto. Esse seria o maior empréstimo já obtido pela empresa.

🔘 As bolsas na sexta-feira (14/03): Dow Jones Industrials (+1,66%), S&P 500 (+2,13%), Nasdaq Composite (+2,61%), Stoxx 600 (+1,15%), Ibovespa (+2,64%)

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-- Com informações da Bloomberg News.

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