Futuros em NY e ações europeias recuam após China anunciar 125% em tarifas aos EUA

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Bloomberg — As ações europeias caíram nesta manhã de sexta-feira (11) junto com os futuros dos EUA depois que a China aumentou as tarifas sobre produtos americanos para 125%, em mais uma escalada da guerra comercial entre os dois países.

O índice Stoxx Europe 600 recuava perto de 1,20% às 10h41 em Paris, a caminho da terceira semana consecutiva de perdas, depois de ter disparado 3,70% na quinta-feira (10) com as esperanças de uma desaceleração do conflito.

Setores defensivos como utilities e saúde estavam entre os poucos que registravam ganhos nesta sexta-feira, enquanto as ações industriais lideravam as quedas.

Os investidores continuam cautelosos quanto aos efeitos econômicos da guerra comercial entre EUA e China e seu impacto nos mercados financeiros globais.

“Estamos vivenciando uma perda de visibilidade e ainda estamos em uma fase de incerteza”, disse Olivier Baduel, chefe de ações europeias da OFI Invest AM, em Paris.

Entre as ações, a Logitech caiu até 2,8% depois que a fabricante de eletrônicos retirou sua projeção para o ano fiscal de 2026, citando “incertezas contínuas” no cenário de tarifas.

Veja a seguir outros destaques desta manhã de sexta-feira (11 de abril):

- Espanha e China se aproximam. O primeiro-ministro Pedro Sánchez, em visita a Xi Jinping em Pequim, voltou a defender que a União Europeia fortaleça os laços com a China, apesar de advertências dos EUA.

- BP sob pressão. A petrolífera britânica, cujas ações caíram cerca de 20% desde o anúncio das tarifas recíprocas de Donald Trump, disse que a dívida líquida subiu cerca de US$ 4 bilhões no primeiro trimestre, sob pressão de capital de giro mais caro.

- Novartis investirá nos EUA. A farmacêutica suíça prometeu US$ 23 bilhões em cinco anos no país para que consiga produzir seus principais medicamentos, depois da ameaça direcionada de Donald Trump de impor tarifas para as empresas do setor.