Futuros de NY sobem nos EUA após Powell dizer que alta do juro é improvável

Ativos voltam a se valorizar, enquanto rendimentos do Tesouro americano recuam, no day after da reunião do Fed; Bradesco divulga lucro estável na base anual no primeiro trimestre

Estes são os eventos que orientam os investidores e movem os mercados nesta quinta-feira (2 de maio)
02 de Maio, 2024 | 06:55 AM

Bloomberg Línea — Futuros dos principais índices de Nova York subiam nesta manhã de quinta-feira (2) e rendimentos de títulos do Tesouro recuavam depois que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, minimizou na véspera a perspectiva de novos aumentos nas taxas de juros.

No Japão, o iene retomou as perdas após um salto repentino no começo do dia ter sugerido nova intervenção.

O Stoxx 600 da Europa recuava perto de 0,20%, sob influência da queda das ações da Novo Nordisk devido a resultados considerados decepcionantes e da Moller-Maersk, um indicador para o comércio global. A ação da Shell avançou depois que a gigante de energia anunciou um resultado melhor do que o esperado e uma recompra de ações de US$ 3,5 bilhões.

O índice do dólar da Bloomberg caiu pelo segundo dia consecutivo, refletindo a queda nos rendimentos dos EUA após a decisão do Fed.

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Passada a reunião do banco central, os traders estão de olho em outros catalisadores, como os dados de indústria da zona do euro e os resultados trimestrais da Apple, que serão conhecidos no fim da tarde nesta quinta.

Ontem o Fed minimizou a possibilidade de aumentos iminentes nas taxas, depois que os membros do FOMC decidiram de forma unânimem deixar a faixa-alvo para a taxa federal de fundos entre 5,25% e 5,5%, após uma série de dados que apontavam para pressões inflacionárias persistentes.

Powell disse que é improvável que a próxima movimentação do banco central seja aumentar as taxas, afirmando que as autoridades precisariam ver evidências persuasivas de que a política não está suficientemente apertada para trazer a inflação de volta para a meta de 2%.

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“O nível estava alto para uma surpresa hawkish ontem” e o Fed “não tentou ultrapassá-lo”, disse Kyle Rodda, analista de mercado sênior da Capital.com em Melbourne.

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- Bradesco: crédito avança. O banco privado divulgou nesta manhã lucro de R$ 4,2 bilhões no primeiro trimestre, com estabilidade na base anual e alta de 46% sobre os três meses finais de 2023. Houve crescimento da carteira de crédito em todos os segmentos, segundo o CEO, Marcelo Noronha.

- Apple divulga o resultado. A big tech apresenta seus resultados trimestrais depois do fechamento do mercado. Analistas de Wall Street esperam uma nova queda nas vendas na base anual e estarão atentos aos resultados do iPhone no mercado chinês, em que enfrenta competição crescente.

- Cacau volta a cair. Os preços da tonelada em contratos futuros recuavam mais de 7% em Nova York nesta manhã de quinta-feira, para US$ 7.760, diante da falta de liquidez no mercado e da pressão para que traders consigam manter as suas posições. A cotação chegou a superar US$ 12.000 em abril.

(Com informações da Bloomberg News)

Os indicadores do mercado financeiro nesta manhã de quinta-feira (2 de maio de 2024)dfd

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🔘 As bolsas ontem (01/05): Dow Jones Industrials (+0,23%), S&P 500 (-0,34%), Nasdaq Composite (-0,33%), Stoxx 600 (-0,79%), Ibovespa (-)