Fundos hedge reduzem exposição a big techs em busca de outros vencedores de IA

Levantamento do Goldman Sachs mostra que fundos têm aumentado apostas em empresas de infraestrutura relacionadas à IA em detrimento das big techs

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Bloomberg — Os fundos hedge reduziram suas participações em ações de empresas de tecnologia de grande capitalização (as megacaps), ao mesmo tempo em que apostaram em um conjunto mais amplo de nomes que se beneficiarão da inteligência artificial (IA), de acordo com estrategistas do Goldman Sachs (GS).

Os fundos reduziram suas posições líquidas na Nvidia (NVDA), na Alphabet (GOOGL), controladora do Google, na Amazon (AMZN), na Microsoft (MSFT) e na Meta Platforms (META), dona do Facebook, no primeiro trimestre, embora tenham aumentado suas posições na Apple (AAPL), escreveu o estrategista Ben Snider em uma nota datada de 21 de maio.

“Entre as várias fases de uso da IA, as empresas expostas ao investimento em infraestrutura de IA tiveram recentemente o melhor desempenho e captaram o maior interesse nas conversas com nossos clientes”, disse Snider.

O burburinho em torno da IA fez com que o índice S&P 500 atingisse recordes de alta este ano.

Até o momento, o frenesi estava concentrado nas maiores ações de tecnologia, mas, à medida que os valuations se tornam mais caros, os investidores estão mudando para setores que impulsionarão a adaptação da IA ou mostrarão benefícios de produtividade.

No primeiro trimestre, as ações relacionadas à infraestrutura de IA, incluindo a fabricante de chips Marvell Technology, a empresa de serviços de supply chain de tecnologia TD Synnex, a concessionária de energia elétrica AES e a Littelfuse, fabricante de dispositivos de proteção de circuitos, apresentaram o maior aumento de popularidade, disse Snider.

Ainda assim, as maiores empresas de tecnologia, excluindo a Tesla (TSLA), continuaram a ser as posições compradas (aposta na alta) mais populares na lista VIP de fundos hedge do banco, disse o estrategista.

A análise de sua equipe contou com 707 fundos hedge com US$ 2,7 trilhões de posições brutas em ações no início de abril.

-- Com a colaboração de Natalia Kniazhevich.

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