Ferrari chegou ao seu limite. Ao menos a ação em bolsa, segundo o Citi

Múltiplos que chegam a 57 vezes os lucros estimados em 2024 estão exagerados, segundo o analista Harald Hendrikse. Mas há ainda 12 recomendações de compra no mercado

Ferrari Portofino, modelo que custa cerca de US$ 250 mil (Foto: Cesar Soto/Bloomberg)
Por Isolde MacDonogh
04 de Março, 2024 | 07:25 PM

Bloomberg — O Citigroup declarou o fim dos ganhos impressionantes da Ferrari. O analista Harald Hendrikse rebaixou a ação da fabricante de supercarros de “neutro” para “venda” nesta segunda-feira (4), apontando que ele tem dificuldade em justificar a “riqueza da avaliação” das ações.

Hendrikse juntou-se, dessa forma, a um grupo que agora conta com apenas quatro analistas com recomendação de venda para a Ferrari, cujas ações subiram 25% neste ano, atingindo cotações máximas recordes e estendendo uma valorização que foi de 52% do ano passado.

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Dos demais 25 analistas que cobrem a ação, 12 têm recomendações de compra, enquanto 13 indicam aos investidores para manter as ações em carteira.

De acordo com Hendrikse, a força da Ferrari levou as ações a serem negociadas a 12 vezes as vendas e a 57 vezes os lucros estimados de 2024, múltiplos que ele considera exagerados. É a primeira vez que ele tem uma recomendação de venda sobre as ações desde o início da cobertura em setembro.

Ainda assim, Hendrikse disse que gosta da qualidade da Ferrari e das perspectivas de crescimento a longo prazo e admite que pode estar errado sobre o timing de sua recomendação.

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Com os mercados de ações agora mais concentrados em ações de “qualidade” do que nunca, “a Ferrari pode facilmente continuar avançando”, escreveu ele.

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