Dólar sobe a R$ 5,83 e Ibovespa fica estável após Trump ameaçar a UE com novas tarifas

Presidente americano ameaçou a União Europeia com taxas de 200% sobre bebidas alcoólicas em nova escalada do conflito tarifário

B3
13 de Março, 2025 | 11:19 AM

Bloomberg Línea — Os investidores acompanham nesta quinta-feira (13) as notícias dos mercados dos Estados Unidos.

O Ibovespa (IBOV), principal índice da B3, caía 0,08% por volta das 10h35, aos 123.757 pontos.

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O dólar acompanha o movimento global e avança contra o real. A moeda americana sobe 0,35%, a R$ 5.83.

No exterior, o compasso é de espera após Trump escalar novamente a ameaça tarifária. Em postagem em rede social, o presidente americano ameaçou impor uma tarifa de 200% sobre vinho, champanhe e outras bebidas alcoólicas da França e de outros países da União Europeia.

A medida é uma retaliação ao imposto sobre as exportações de uísque americano imposto por Bruxelas. E essa medida, por sua vez, também visa retaliar as tarifas de aço e alumínio de Trump que entraram em vigor na última quarta-feira (12).

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“Se esta tarifa não for removida imediatamente, os EUA em breve colocarão uma tarifa de 200% sobre todos os vinhos, champanhe e produtos alcoólicos saindo da França e outros países representados pela UE”, escreveu Trump. “Isso será ótimo para os negócios de vinho e champanhe nos EUA.”

As ações de fabricantes europeus de bebidas alcoólicas caíram, com a LVMH, dona das casas de champanhe Moët & Chandon e Veuve Clicquot, recuando até 2,2%.

A produtora de conhaque Remy Cointreau teve queda de 4,5% em suas ações, enquanto a fabricante de destilados Pernod Ricard recuou 3,6%.

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Trump está “intensificando a guerra comercial que ele escolheu desencadear”, escreveu Laurent Saint-Martin, ministro do comércio da França, em um post no X. “Não cederemos às ameaças e sempre protegeremos nossas indústrias”.

Nos EUA, os índices futuros de ações reagem negativamente. O Dow Jones futuro cai 0,36%, o S&P500 futuro tem baixa de 0,25% e o Nasdaq futuro recua 0,41%.

Os índices chegaram a ensaiar recuperação após novos dados de inflação, mas o conflito comercial trouxe as bolsas de volta para o negativo.

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Nesta quinta-feira foi divulgado o índice de preços ao produtor americano (PPI, na sigla em inglês), que ficou estável em fevereiro.

A leitura, combinada a um índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) abaixo do esperado, dá força à ideia de que os cortes nas taxas de juros podem continuar nos EUA.

- Com informações da Bloomberg News.

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