Bloomberg Línea — Os investidores acompanham nesta quinta-feira (13) as notícias dos mercados dos Estados Unidos.
O Ibovespa (IBOV), principal índice da B3, caía 0,08% por volta das 10h35, aos 123.757 pontos.
O dólar acompanha o movimento global e avança contra o real. A moeda americana sobe 0,35%, a R$ 5.83.
No exterior, o compasso é de espera após Trump escalar novamente a ameaça tarifária. Em postagem em rede social, o presidente americano ameaçou impor uma tarifa de 200% sobre vinho, champanhe e outras bebidas alcoólicas da França e de outros países da União Europeia.
A medida é uma retaliação ao imposto sobre as exportações de uísque americano imposto por Bruxelas. E essa medida, por sua vez, também visa retaliar as tarifas de aço e alumínio de Trump que entraram em vigor na última quarta-feira (12).
“Se esta tarifa não for removida imediatamente, os EUA em breve colocarão uma tarifa de 200% sobre todos os vinhos, champanhe e produtos alcoólicos saindo da França e outros países representados pela UE”, escreveu Trump. “Isso será ótimo para os negócios de vinho e champanhe nos EUA.”
As ações de fabricantes europeus de bebidas alcoólicas caíram, com a LVMH, dona das casas de champanhe Moët & Chandon e Veuve Clicquot, recuando até 2,2%.
A produtora de conhaque Remy Cointreau teve queda de 4,5% em suas ações, enquanto a fabricante de destilados Pernod Ricard recuou 3,6%.
Trump está “intensificando a guerra comercial que ele escolheu desencadear”, escreveu Laurent Saint-Martin, ministro do comércio da França, em um post no X. “Não cederemos às ameaças e sempre protegeremos nossas indústrias”.
Nos EUA, os índices futuros de ações reagem negativamente. O Dow Jones futuro cai 0,36%, o S&P500 futuro tem baixa de 0,25% e o Nasdaq futuro recua 0,41%.
Os índices chegaram a ensaiar recuperação após novos dados de inflação, mas o conflito comercial trouxe as bolsas de volta para o negativo.
Nesta quinta-feira foi divulgado o índice de preços ao produtor americano (PPI, na sigla em inglês), que ficou estável em fevereiro.
A leitura, combinada a um índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) abaixo do esperado, dá força à ideia de que os cortes nas taxas de juros podem continuar nos EUA.
- Com informações da Bloomberg News.
Leia também
Brasil não está imune a cenário de aversão a risco global, diz Solange Srour
Cogna supera metas de plano de quatro anos. E avança em IA de olho no futuro, diz CEO
SLC Agrícola projeta retomada da produtividade em ‘ano da soja e do algodão’, diz CEO