Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) avançava nesta terça-feira (2), em uma sessão de ganhos para a Petrobras (PETR3; PETR4), queda da Vale (VALE3) e com investidores monitorando discursos de presidentes de bancos centrais.
Por aqui, as atenções recaem novamente sobre a forte alta do dólar, que fechou o último pregão cotado a R$ 5,65 em meio a novas críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.
Em entrevista à Rádio Sociedade, da Bahia, Lula afirmou que a alta do dólar preocupa, mas que o movimento é fruto de uma especulação. “Há uma especulação, há um jogo de interesse especulativo contra o real nesse país”, disse.
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ontem que a alta da moeda americana deve-se a “ruídos de comunicação” e que o governo precisa comunicar melhor os resultados obtidos na economia.
Questionado sobre uma possível intervenção do BC no câmbio, Haddad afirmou que esse é um tema da autoridade monetária e “eles lá que sabem quando e como fazer”.
Por volta das 12h30 (horário de Brasília), o Ibovespa subia 0,22%, negociado aos 124.983 pontos. O dólar, por sua vez, tinha alta de 0,19%, a R$ 5,67.
Em Portugal, no Fórum do Banco Central Europeu sobre Bancos Centrais, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse que os dados econômicos mais recentes sugerem que a inflação voltou ao caminho descendente, mas acrescentou que os diretores da autoridade monetária gostariam de ver mais dados antes de reduzir a taxa de juros.
“Como a economia dos Estados Unidos e o mercado de trabalho estão fortes, temos a capacidade de levar mais tempo e fazer isso da maneira certa”, disse ele. “E é isso que estamos planejando fazer.”
O chefe do Fed, sentado ao lado da presidente do BCE, Christine Lagarde, e do chefe do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, recusou-se a dar qualquer orientação específica sobre o momento da primeira redução da taxa durante o painel desta terça-feira.
Mais cedo, os números de emprego JOLTs, dos EUA, mostraram um aumento inesperado nas vagas de emprego em maio, interrompendo uma tendência de queda de vários meses que destacava uma desaceleração gradual na demanda por trabalho.
As vagas aumentaram para 8,14 milhões, em comparação com uma leitura revisada para baixo de 7,92 milhões no mês anterior, que foi a mais baixa em três anos. A estimativa mediana em uma pesquisa da Bloomberg com economistas apontava para 7,95 milhões de vagas
-- Atualização das cotações às 12h30 (horário de Brasília)
-- Com informações da Bloomberg News
