Dólar fecha no maior valor nominal da história, e Ibovespa cai 1,70%

Investidores reagiram a notícias sobre uma proposta do governo para aumentar a isenção de imposto de renda, além de anunciar detalhes sobre corte de gastos

After Hours
27 de Novembro, 2024 | 06:52 PM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) caiu 1,70% nesta quarta-feira (27), fechando a 127.668 pontos. O movimento foi o maior desde queda de 2,1% em 21 de setembro.

O dólar (USDBRL) chegou ao maior valor nominal da história, fechando o dia com alta de 1,80%, cotado a R$ 5,91. O recorde anterior, de maio de 2020, era de R$ 5,90. No mês, a elevação é de 2,29%.

PUBLICIDADE

O movimento aconteceu após a publicação de notícias de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretendia apresentar um plano de correção da tabela do Imposto de Renda juntamente com cortes de gastos públicos, em meio à crescente preocupação dos investidores com a política fiscal do país.

Leia também: Lula busca isenção de Imposto de Renda junto com cortes de gastos, dizem fontes

Enquanto os investidores aguardam há semanas um pacote de corte de gastos, o governo propõe isentar trabalhadores com salários mensais de até R$ 5.000 do pagamento de Imposto de Renda, de acordo com duas fontes com conhecimento do assunto ouvidas pela Bloomberg News.

PUBLICIDADE

O Itaú (ITUB4) foi a maior contribuição para a queda do índice, com perda de 2,5%. O Magazine Luiza (MGLU3) teve o maior recuo, em queda de 9,4%. A Petrobras (PETR4) recuou 0,36%.

Fechamento dos mercados na quarta-feira (27)

No exterior, uma onda vendedora nas gigantes de tecnologia derrubou as ações nos Estados Unidos, enquanto os dados econômicos mais recentes apoiaram a postura cautelosa do Federal Reserve em relação aos cortes nas taxas de juros.

As ações interromperam uma sequência de sete dias de alta que havia levado o S&P 500 a máximas históricas. Um índice da Bloomberg que acompanha as Sete Magníficas caiu cerca de 1%.

PUBLICIDADE

A Dell e a HP despencaram pelo menos 11% após resultados decepcionarem os investidores. A Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) abriu uma investigação antitruste sobre a Microsoft, examinando desde negócios de computação em nuvem e licenciamento de software até ofertas de cibersegurança e produtos de inteligência artificial.

-- Com informações da Bloomberg News.