Bloomberg Línea — O dólar comercial caiu abaixo de R$ 6 pela primeira vez no mês de dezembro. A divisa americana recuou 1,30% contra o real nesta quarta-feira (11) e fechou a sessão cotada a R$ R$ 5,968 – menor patamar desde o dia 29 de novembro.
O Ibovespa (IBOV), por sua vez, fechou seu terceiro pregão consecutivo no azul. Após passar o dia no negativo, o principal índice da B3 virou para alta no final do pregão e subiu 1,06%, aos 129.593 pontos. Este foi o maior nível de fechamento desde o dia 26 de novembro.
O dia foi marcado pelo aguardo da última decisão de política monetária do ano e de informações sobre a saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No final da tarde, o Hospital Sírio-Libanês informou que Lula passará por outro procedimento médico na manhã de quinta-feira, após ter realizado uma cirurgia no cérebro no início desta semana.
Ele será submetido a uma embolização da artéria meníngea, procedimento médico que, segundo a Folha de S.Paulo, é projetado para prevenir sangramentos como o que ocasionou a cirurgia anterior.
Após o fechamento do mercado, as atenções se voltaram para o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que divulgou sua decisão sobre juros após o fechamento do mercado. O Copom decidiu acelerar o ritmo de alta e elevou a Selic em 1 ponto percentual (p.p.), para 12,25% ao ano.
Esta foi a última reunião com Roberto Campos Neto à frente do BC. Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Lula, assume a presidência no próximo ano.
No exterior, dados de inflação trouxeram alívio para as bolsas com a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) vai continuar reduzindo as taxas de juros nos Estados Unidos.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,3% em novembro pelo quarto mês consecutivo. A projeção ficou dentro das expectativas dos analistas e foi lida como um sinal verde para que o Fed continue cortando os juros.
O principal destaque ficou com o índice de tecnologia Nasdaq, que avançou quase 2% e atingiu a pontuação de 20.000 pela primeira vez na história.
-- Com informações da Bloomberg News.