Dólar cai a R$ 5,69, menor valor desde novembro, e Ibovespa fica estável

Leilão de US$ 3 bilhões do Banco Central aprofundou queda do dólar frente ao real; bolsas americanas ficaram estáveis nesta terça-feira (18)

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18 de Fevereiro, 2025 | 06:58 PM

Bloomberg Línea — O dólar encerrou esta terça-feira (18) em seu menor patamar desde novembro do ano passado. A moeda americana recuou 0,41%, cotada a R$ 5,69.

O real se fortaleceu após novo leilão de dólares do Banco Central – o terceiro sob a gestão do novo presidente, Gabriel Galípolo. O BC vendeu nesta terça-feira US$ 3 bilhões em leilão de linha, operação com venda de dólares atrelado a um compromisso de recompra.

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A moeda brasileira também ganhou força com a alta das commodities: o petróleo WTI subiu 1,44% enquanto o Brent teve alta de 0,74%. A alta impulsionou os papéis da Petrobras (PETR4), que subiram 1,84%.

Durante boa parte do pregão, a alta da petroleira ajudou a manter o Ibovespa no positivo. No entanto, o principal índice da B3 virou para queda no final do pregão, interrompendo sequência positiva iniciada na última sexta-feira (14).

O Ibovespa (IBOV) fechou perto da estabilidade, em leve queda de 0,02%, aos 128.532 pontos.

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Fechamento 18/02/2025

No exterior, os principais índices também encerraram o dia perto do zero a zero. O Dow Jones e o Nasdaq tiverem leves altas de 0,02% e 0,07%, respectivamente. Já o S&P500 subiu 0,24%.

Na volta do feriado do Dia dos Presidentes, incertezas impediram que as ações americanas voltassem a superar recordes. Continuam as preocupações com uma possível guerra comercial iniciada pelo presidente Donald Trump, e o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) parece não ter pressa em cortar as taxas.

“O mercado ainda está tentando sair da consolidação em que está desde o início de dezembro”, disse Chris Larkin, da E*Trade do Morgan Stanley. “As notícias vindas de Washington, especialmente na frente tarifária, podem continuar a ser um imprevisto.”

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No cenário geopolítico, membros do alto escalão dos governos dos EUA e da Rússia reuniram-se para uma primeira ronda de conversações sobre a guerra na Ucrânia e levantaram a possibilidade de uma cooperação mais ampla, o que pode influenciar os mercados nos próximos dias.

- Com informações da Bloomberg News.

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