Barcelona, Espanha — Desponta uma semana com escassas referências macroeconômicas, novos balanços financeiros e um cenário geopolítico conturbado. Em termos microeconômicos, esta madrugada o banco central da China manteve em 2,50% sua taxa de juros básica para um ano. As perspectivas sobre a política monetária mundial estarão em foco, já que uma série de dirigentes de bancos centrais falarão no Fórum Econômico Mundial, em Davos.
Nos Estados Unidos, as bolsas e o mercado de títulos do Tesouro estarão fechados pelo feriado de Martin Luther King Jr. As operações com os futuros de índices acionários transcorrem normalmente.
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🇨🇳 Na China. As preocupações com a volatilidade do yuan e a perspectiva ainda distante de flexibilização do Federal Reserve (Fed) limitam o espaço que os formuladores de políticas têm para apoiar uma economia que há tempos vem cambaleando.
🇩🇪 Energia cara + juros elevados. A economia da Alemanha contraiu-se pela primeira vez desde a pandemia do ano passado - um forte contraste com seus pares em todo o mundo e que está levantando questões sobre o futuro do país como uma potência industrial. A produção caiu -0,3% em 2023, em comparação com o crescimento de +1,8% no ano anterior, segundo dados do departamento de estatísticas divulgados hoje.
🇬🇧 Enquanto isso, no Reino Unido. Em uma nota surpreendentemente positiva, os preços das casas no Reino Unido (Rightmove) subiram +1,3% em janeiro contra -1,9% em dezembro.
💶 Controle de expectativas. O economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, disse em uma entrevista publicada no fim de semana que a flexibilização da política muito cedo seria “autodestrutiva”. Com isso, ele joga um balde de água fria nas expectativas de cortes acelerados das taxas. O membro do Conselho do BCE, Robert Holtzmann, poderá contribuir para o cenário quando falar em Davos ainda hoje.
🇺🇸 Mais panos quentes. Ao jornal Financial Times, o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, disse que a inflação poderia “oscilar” se os formuladores de políticas cortassem os juros cedo demais. Ele alertou que o declínio da inflação em direção à meta de 2% do banco central provavelmente desaceleraria nos próximos meses
🔴 Geopolítica no radar. Aviões de combate dos EUA abateram um míssil de cruzeiro disparado de uma área de militantes houthi no Iêmen em direção a um destróier da Marinha que operava no sul do Mar Vermelho, informaram os militares norte-americanos, na mais recente intensificação do conflito. O Reino Unido manifestou que está pronto para realizar novos ataques contra alvos Houthi no Iêmen, caso o grupo continue a atacar embarcações comerciais. Ao mesmo tempo, à medida que a guerra entre Israel e Hamas entra em 100 dias, permanece a dúvida se ela se espalhará de Gaza e se transformará em uma conflagração mais ampla.
📈 O vaivém dos ativos. Em dia de feriado bancário nos EUA, os contratos futuros de índices dos EUA operavam sem força com tendência à queda. Na Europa, as bolsas recuavam.
No encerramento do mercado acionário da Ásia, os índices terminaram em alta, com exceção do Hang Seng, de Hong Kong. Em Taiwan, o Partido Democrático Progressista (favorável à independência) venceu a eleição presidencial e o Kuomintang, mais inclinado à China, obteve poucas cadeiras para controlar a assembleia.
Os contratos de ouro avançavam ligeiramente. Entre as divisas, iene se apreciava frente ao dólar. A libra e o euro caíam. O petróleo hoje perdia valor. E o bitcoin hoje operava no azul.
(Com informações de Bloomberg News)