Demanda global por petróleo desacelera com menor consumo chinês, diz AIE

O consumo mundial da commodity subiu apenas 710 mil barris por dia no 2º trimestre – o menor desde o final de 2022, segundo relatório mensal da Agência Internacional de Energia

Com menor consumo, estoques globais aumentaram nos quatro meses até maio e atingiram o nível mais elevado desde meados de 2021
Por Grant Smith
11 de Julho, 2024 | 10:58 AM

Bloomberg — O crescimento da demanda global por petróleo desacelerou para o ritmo mais fraco em mais de um ano no último trimestre, depois que a recuperação pós-pandemia do consumo na China se esgotou, disse a Agência Internacional de Energia.

O consumo mundial subiu apenas 710.000 barris por dia no segundo trimestre – o menor desde o final de 2022 – enquanto a China apresentou uma pequena contração, disse a agência em seu relatório mensal nesta quinta-feira (11).

Para 2024 e 2025, a demanda global caminha para crescimento anual de menos de 1 milhão de barris por dia.

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Com a diminuição do consumo de combustível e uma enxurrada de produção nova nos Estados Unidos e outras partes das Américas, os estoques globais aumentaram nos quatro meses até maio e atingiram o nível mais elevado desde meados de 2021, segundo a AIE.

“A demanda mundial por petróleo continua a desacelerar”, afirmou a agência com sede em Paris. “O consumo chinês se contraiu, e a recuperação pós-pandemia do país chegou ao fim.”

Mas a maioria das outras previsões do mercado de petróleo, entre grandes tradings e bancos de Wall Street, pintam um quadro mais forte de consumo, e o barril de Brent continua a ser negociado em torno de US$ 85 em Londres.

Um aumento sazonal na demanda por combustíveis, em meio às viagens de verão no hemisfério norte, ajudam a reduzir os estoques nos EUA, que é o maior consumidor mundial.

As estimativas da AIE sugerem que isso pode não durar.

Os estoques globais devem ficar equilibrados no quarto trimestre, mesmo que a Opep+ desista dos planos de restaurar a produção, e o mercado deverá registrar excedentes durante a maior parte do próximo ano, segundo a agência.

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