Mais tech: Dell e Palantir entram no S&P 500 com novo rebalanceamento

Empresas de tecnologia vão se juntar ao índice a partir de 23 de setembro; já a American Airlines e a varejista Etsy estão entre as empresas que vão deixar o benchmark

Inclusão no índice de referência de ações dos EUA pode elevar o perfil de uma empresa
Por Emily Graffeo
08 de Setembro, 2024 | 05:01 PM

Bloomberg — A Palantir (PLTR), a Dell (DELL) e a Erie Indemnity (ERIE) devem se juntar ao S&P 500 como parte da mais recente mudança trimestral de rebalanceamento do índice.

As empresas substituirão a American Airlines (AAL), a Etsy (ETSY) e a Bio-Rad Laboratories (BIO), de acordo com um comunicado à imprensa da S&P Dow Jones Indices na sexta-feira (6).

As mudanças devem entrar em vigor antes da abertura das negociações em 23 de setembro.

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A entrada da Palantir e da Dell reflete como as empresas de tecnologia, e os nomes relacionados à inteligência artificial em particular, têm remodelado o mercado.

A Palantir, empresa de software de análise de dados cofundada pelo bilionário investidor em tecnologia Peter Thiel, deixou de atender à comunidade de inteligência dos Estados Unidos para trabalhar com dezenas de agências governamentais e, mais recentemente, expandir seus negócios comerciais.

As ações da empresa sediada em Denver subiram mais de 75% este ano, pois os investidores apostam que a empresa de software e vigilância se beneficiará da crescente demanda por suas ferramentas de IA. As ações subiram até 8,4% nas negociações após o expediente na sexta-feira.

A Dell, a empresa sediada em Round Rock, no Texas, mais conhecida por seus computadores pessoais e monitores, divulgou uma receita melhor do que a esperada na semana passada, como resultado de um aumento nas vendas de servidores criados para lidar com o processamento dos sistemas de IA.

As ações da gigante do hardware saltaram até 8,7% após o sino, enquanto a seguradora Erie Indemnity subiu até 5,5%.

Para se qualificarem para o S&P 500, as empresas devem ter valor de mercado de pelo menos US$ 18 bilhões e atender aos padrões de lucratividade, liquidez e flutuação, de acordo com a metodologia de agosto.

Enquanto isso, a remoção da American Airlines do índice de referência de ações dos EUA ressalta os desafios que o setor tem enfrentado ultimamente, incluindo atrasos na entrega de aviões e aumento dos custos trabalhistas.

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A companhia aérea reduziu sua projeção de lucro (guidance) em julho, depois que as expectativas para a demanda doméstica se mostraram muito otimistas. As ações caíram 0,8% na sexta-feira, no pós-mercado, somando-se a uma perda de 21% no acumulado do ano.

A inclusão no índice de referência de ações dos EUA pode elevar o perfil de uma empresa e tem se tornado mais importante com o crescimento dos fundos de investimento passivos, os ETFs.

Por outro lado, a saída do índice de referência pode pesar sobre os preços das ações, já que os fundos de índice vendem ações para se realinharem com a nova composição do S&P 500.

-- Com a colaboração de Isabelle Lee.

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