Cobre volta a bater US$ 10.000 e Goldman Sachs alerta para aperto de oferta

O metal subiu 16% até agora em 2024, em meio a sinais de recuperação na atividade industrial global e receios com a oferta

Un empleado rocía una solución antioxidante sobre una pila de placas de cobre en la refinería de Southern Copper Corp. en Ilo, Perú, el jueves 26 de enero de 2017.
Por Bloomberg News
07 de Maio, 2024 | 10:19 AM

Bloomberg — O cobre voltou a atingir a marca de US$ 10.000 a tonelada, enquanto os investidores aumentam as apostas em cortes de juros do Federal Reserve e o Goldman Sachs (GS) alerta para um aperto de oferta.

Os metais se juntaram ao rali de ativos de risco depois que os dados fracos de emprego nos Estados Unidos desencadearam novas especulações de que o Fed iniciará uma flexibilização monetária este ano.

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O cobre subiu até 2,1% – retornando aos cinco dígitos novamente após um breve período no final de abril – antes de reduzir os ganhos.

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A perspectiva de cortes do Fed aumenta os ventos favoráveis para a demanda por cobre, em um momento em que mineradoras têm dificuldades em atender os pedidos. O Goldman elevou seu preço-alvo para o final de ano para US$ 12.000 a tonelada.

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“Continuamos prevendo uma mudança para déficits crescentes de metais a partir de 2024″, disseram os analistas do banco, incluindo Nicholas Snowdon. Há o potencial para um episódio de “stockout” – quando os estoques ficam extremamente baixos – no quarto trimestre, disseram.

O cobre subiu 16% até agora em 2024, em meio a sinais de recuperação na atividade industrial global e receios com a oferta. Apesar disso, os céticos apontaram para indicadores fracos na China, como queda dos prêmios de importação e adiamento de compras.

A alta do metal foi impulsionada principalmente por especulação e pode se dissipar à medida que os preços elevados desestimulam o consumo e incentivam a substituição por alumínio, disse Duan Shaopu, diretor da Associação da Indústria de Metais Não Ferrosos da China, em uma coletiva de imprensa recente.

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Enquanto isso, o minério de ferro recuou um pouco de sua recuperação recente e era negociado em queda de 0,9%, a US$ 118,60 a tonelada, no final do pregão em Singapura.

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