Cobre recua para o menor patamar em três meses com demanda chinesa em foco

Os preços do metal caíram pelo sexto dia, mesmo depois de a China ter aumentado o apoio à economia com uma redução inesperada das taxas de juros

O metal prolongou a sua maior baixa desde a máxima histórica alcançada em maio
Por Bloomberg News
22 de Julho, 2024 | 12:12 PM

Bloomberg — O cobre caiu à medida que os metais básicos ampliaram a maior queda semanal em quase dois anos, depois que um corte modesto nas taxas de juros na China fez pouco para compensar as preocupações sobre a demanda no maior consumidor mundial de commodities.

Os preços do metal visto como um indicador econômico caíram pelo sexto dia, mesmo depois de a China ter aumentado o apoio à economia com uma redução inesperada das taxas de juros.

A medida ocorreu depois que a falta de estímulo de curto prazo após a importante reunião do Partido Comunista decepcionou os investidores na semana passada.

Leia também: China surpreende com corte de juros em novo estímulo para a economia

PUBLICIDADE

Um documento detalhado publicado no domingo (21) expôs os planos do partido para reforçar as finanças dos governos locais da China, inclusive transferindo mais receitas.

Mas “sem novas medidas de estímulo”, há pouca esperança de recuperação a curto prazo nos setores imobiliário e de construção, que têm uso elevado do cobre, de acordo com relatório de Ewa Manthey, estrategista de commodities do ING Bank NV.

“Esperamos que o cobre e outros metais industriais caiam ainda mais no curto prazo”, disse ela. Essa tendência refletiria “uma perspectiva mais fraca da demanda na China”.

O Índice LMEX, que rastreia seis metais básicos, despencou 5,6% em Londres na semana passada. O cobre prolongou sua baixa desde a máxima histórica alcançada em maio, em meio às preocupações com a fraca demanda chinesa e o aumento dos estoques globais.

A demanda na China mostrou novos sinais de fraqueza, uma vez que as exportações de cobre refinado mais do que dobraram em junho, superando um recorde anterior estabelecido em 2012. O raro aumento nas exportações ajudou a impulsionar os estoques globais.

Veja mais em bloomberg.com