Bloomberg — Investidores acompanham nesta terça-feira (8) os desdobramentos do conflito no Oriente Médio e uma agenda intensa de discursos de autoridades do Federal Reserve e divulgações de dados econômicos nos Estados Unidos, que podem dar sinais sobre o futuro da política monetária do país.
O dia terá discursos de Adriana Kugler, do FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto), de Raphael Bostic, presidente do Fed de Atlanta, e de Philip Jefferson, vice-presidente do Fed.
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No Brasil, Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência do Banco Central (BC) a partir de 2025, é sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Veja a seguir cinco questões para ficar de olho:
1. Galípolo no BC
Indicado por Lula à presidência do Banco Central, Gabriel Galípolo passa por sabatina no CAE do Senado hoje. Se aprovado pela comissão, o economista será votado pelo plenário da casa como presidente do BC ainda hoje, para assumir a partir de 2025.
O atual presidente do banco, Roberto Campos Neto, fica no cargo até o dia 31 de dezembro deste ano.
Galípolo, indicado em agosto, foi anteriormente presidente do Banco Fator de 2017 a 2021 e, já no governo Lula, atuou como secretário executivo do Ministério da Fazenda comandado por Fernando Haddad até ser nomeado para o atual cargo de diretor de Política Monetária do BC em maio do ano passado.
Esse cargo de política monetária é considerado o segundo mais importante do Banco Central, atrás apenas da presidência, ocupada desde o começo de 2018 por Campos Neto.
2. Crise no Oriente Médio
A crise no Oriente Médio continua a preocupar os investidores, com os combates ganhando alcance na segunda-feira (7) em várias frentes após um ano de guerra.
As Forças de Defesa de Israel disseram ter interceptado a maior parte de uma barragem de foguetes disparados em direção a Tel Aviv por Hamas e outros grupos apoiados pelo Irã.
O Brent subiu para o maior preço desde agosto, na casa de US$ 80, com especulações de que Israel possa atacar a infraestrutura petrolífera do Irã.
Para Dave Sekera, da Morningstar, se houver uma escalada geopolítica adicional, isso potencialmente impulsionaria o movimento de aversão a risco - com ações de crescimento com um desempenho inferior em relação às de valor.
“Normalmente, em um movimento de aversão ao risco, você verá uma rotação para ações defensivas, mas eu teria cautela se você for um investidor hoje”, disse ele. “Alguns dos setores defensivos hoje já estão supervalorizados. Acredito que as ações de petróleo subiriam.”
3. Mercados
As ações europeias caíram pela manhã, em linha com uma queda liderada por empresas de tecnologia em Wall Street durante a noite, à medida que a promessa da China de apoiar sua economia decepcionou investidores que esperavam por novos estímulos.
O índice Stoxx 600 recuou 0,80%, com destaque para as quedas em mineradoras e ações de luxo, os setores mais expostos à economia chinesa. Kering e Burberry caíram mais de 5%.
Medidas de estímulo amplamente esperadas estiveram ausentes de uma conferência de imprensa em Pequim, em que autoridades prometeram cumprir as metas econômicas. Um índice de ações chinesas em Hong Kong teve a maior queda intradiária desde 2008.
4. Manchetes dos sites dos principais jornais
- Folha de S. Paulo: Malafaia diz que Bolsonaro é covarde e omisso e questiona: ‘Que porcaria de líder é esse?’
- Estado de S. Paulo: Direita, centro, esquerda? Saiba quem levou as prefeituras nos 100 municípios mais ricos do agro
- O Globo: Emenda Pix turbina taxa de reeleição de prefeitos, que foi de 94% nas 178 cidades mais beneficiadas
- Valor Econômico: PSD governará a maior fatia das receitas totais das 103 maiores cidades do país
5. Agenda
Estados Unidos (USD):
- 9:30: Balança Comercial em agosto
- 11:30: GDPNow do Fed de Atlanta
- 13:00: Perspectiva Energética de Curto Prazo da EIA
- 13:45: Discurso de Raphael Bostic, membro do FOMC
- 14:00: Leilão Americano Note a 3 anos
- 17:30: Estoques de Petróleo Bruto Semanal API
- Com informações da Bloomberg News.
