Bloomberg Línea — Investidores nesta terça-feira (5) acompanham as eleições dos Estados Unidos, o principal assunto da semana, ao mesmo tempo em que aguardam a decisão sobre a Selic na quarta-feira (6) e do Fed na quinta (7).
No Brasil, destaque também para informações sobre o plano de corte de gastos do governo federal.
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Confira a seguir cinco destaques desta terça-feira (5):
1. Eleições nos EUA
A campanha presidencial de 2024 foi marcada por tentativa de assassinato, uma troca de candidatos, retórica divisiva e alertas sobre riscos à democracia. E isso pode ter sido apenas o começo.
A ansiedade sobre o resultado da eleição — e sobre quando o vencedor será conhecido — paira sobre o Dia da Eleição para 244 milhões de americanos aptos a votar.
Mais de 81 milhões já votaram, e as pesquisas indicam que a disputa é uma das mais acirradas da história moderna. O resultado tem chances de ser contestado nos tribunais.
A vice-presidente Kamala Harris busca se tornar a primeira mulher, negra e asiático-americana a liderar os EUA. Ela classificou seu rival, o ex-presidente Donald Trump, como uma ameaça à democracia e prometeu proteger as liberdades reprodutivas e reduzir os preços de moradia e saúde.
Trump tenta retornar ao cargo e espera capitalizar pesquisas que mostram que os americanos confiam mais em sua liderança econômica do que na de Harris. Ele prometeu endurecer a política de imigração, com a deportação de milhões de migrantes sem documentos e cortes de impostos.
2. Corte de gastos no Brasil
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem usado um argumento para tentar convencer a ala política do governo Lula sobre a necessidade de ajustes em despesas obrigatórias: o plano da área econômica é dinâmico, e não estático.
Isso significa que será feito sob medida, e nem todos os gastos serão tratados da mesma forma para que caibam no arcabouço fiscal. A taxa de crescimento das despesas poderá variar de acordo com o segmento ao qual atendem.
A estratégia da Fazenda permite que despesas sociais mais sensíveis sejam preservadas.
Na quarta-feira passada (30), Haddad afirmou que havia chegado a um entendimento com a Casa Civil sobre a dinâmica que o arcabouço fiscal deve ter, o que aliviou o cenário de câmbio e juros que seguem pressionados pelas incertezas fiscais.
No mesmo dia, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, publicou em rede social que quem apostar contra o Brasil vai perder porque o presidente Lula fará os ajustes necessários para manter o crescimento do país e enquadrar as despesas dentro das regras fiscais.
3. Mercados
Futuros de ações dos EUA subiram levemente enquanto a votação começou nesta terça-feira em uma corrida acirrada entre Donald Trump e Kamala Harris pela presidência dos EUA.
Os investidores adotam uma abordagem cautelosa após uma das campanhas presidenciais mais tumultuadas e dramáticas da história moderna. Com pesquisas sugerindo um resultado equilibrado, a possibilidade de uma disputa sobre o resultado indica que a contagem dos votos pode se arrastar por dias ou até semanas.
Os futuros de ações dos EUA subiram levemente, com os contratos do Nasdaq 100 com ganhos de 0,20%. A Palantir Technologies disparou 13% nas negociações de pré-mercado com lucro recorde e alta demanda por seu software de inteligência artificial. O dólar se manteve estável, enquanto os rendimentos dos títulos do Tesouro de 10 anos avançaram dois pontos-base, para 4,30%.
Na Europa, o índice de referência Stoxx 600 teve pouca variação, com volumes em cerca de dois terços da média dos últimos 20 dias.
4. Manchetes dos sites dos principais jornais
Estado de S. Paulo: Quem vai ganhar? Kamala Harris e Donald Trump decidem eleição nos EUA marcada por reviravoltas
Folha de São Paulo: Kamala e Trump travam nesta terça disputa pela Presidência dos EUA sob temor de contestação
Valor Econômico: EUA abrem eleição mais incerta de sua história
O Globo: Kamala ou Trump? EUA escolhem hoje presidente divididos e com país em rápida transformação
5. Agenda
Brasil:
- 10:00 - PMI Composto S&P Global
- 10:00 - PMI do Setor de Serviços S&P Global
Estados Unidos:
- 10:30 - Balança Comercial em setembro
- 11:45 - PMI Composto S&P Global
- 11:45 - PMI do Setor de Serviços
- 12:00 - PMI ISM Não-Manufatura
- 12:00 - ISM Não-Manufatura: Preços
- 15:00 - Leilão Americano Note a 10 anos
- 15:00 - GDPNow do Fed de Atlanta
- 18:30 - Estoques de Petróleo Bruto Semanal API
Zona do Euro:
- 11:30 - Discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE
- 15:30 - Pronunciamento de Isabel Schnabel, do BCE
Japão:
- 20:50 - Ata da Reunião de Política Monetária
- 21:30 - PMI do Setor de Serviços.
-- Com informações da Bloomberg News.