Cinco coisas que você precisa saber para começar esta terça-feira, 4 de fevereiro

Além de novas tarifas, a China também anunciou que investigará o Google por supostas violações antitruste, embora os serviços de busca da Alphabet estejam indisponíveis no país desde 2010

Presidente chinês Xi Jinping: Pequim impôs uma taxa de 15% sobre menos de US$ 5 bilhões em importações de energia dos EUA e uma taxa moderada de 10% sobre petróleo americano e equipamentos agrícolas
04 de Fevereiro, 2025 | 08:45 AM

Bloomberg Línea — Investidores reagem nesta terça-feira (4) à retaliação chinesa com as novas tarifas de Donald Trump. Na véspera, o presidente americano adiou em um mês o início das tarifas sobre os vizinhos Canadá e México.

No Brasil, investidores aguardam a ata do Copom.

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Confira a seguir cinco destaques desta terça-feira (4):

1. A resposta chinesa aos EUA

A China retaliou as tarifas iniciais da guerra comercial de Donald Trump mirando um grupo de empresas americanas com taxas a alguns produtos dos EUA. O movimento parece projetado para evitar uma escalada nas tensões entre as duas maiores economias do mundo.

Pequim impôs uma taxa de 15% sobre menos de US$ 5 bilhões em importações de energia dos EUA e uma taxa moderada de 10% sobre petróleo americano e equipamentos agrícolas na terça-feira, momentos depois que as novas tarifas dos EUA entraram em vigor.

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A China também anunciou que investigará o Google por supostas violações antitruste, embora os serviços de busca da Alphabet estejam indisponíveis no país desde 2010.

2. Os riscos de desaceleração nos EUA, segundo o Barclays

A eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos gerou grande otimismo no mercado e impulsionou as bolsas do país no final de 2024. Desde a posse do republicano, em 20 de janeiro, no entanto, as suas primeiras medidas geraram um sentimento misto de otimismo e preocupação com a maior economia do mundo.

As políticas comerciais com imposição de tarifas, as restrições à imigração e a incerteza em relação ao Federal Reserve são fatores que podem impactar o crescimento econômico e a estabilidade do país. Apesar de parte do mercado continuar confiante, há sinais claros de que a atividade pode desacelerar nos próximos anos, segundo o economista-chefe do Barclays no país, Marc Giannoni.

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“A economia dos EUA está em uma boa posição até agora. Ela tem crescido de forma muito sólida nos últimos anos, se recuperando muito bem do ponto mais baixo após a pandemia, mas veremos uma desaceleração neste ano”, disse Giannoni em entrevista à Bloomberg Línea durante a segunda edição da Conferência Global do Mercado de Trabalho (GLMC) em Riade, na Arábia Saudita.

3. Mercados

Os futuros das ações dos EUA operavam em queda nesta manhã terça-feira (4) à medida que os investidores especulam que a resposta da China em relação às tarifas retaliatórias dos EUA poderia ajudar a evitar um cenário pior na crescente guerra comercial.

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O governo de Xi Jinping reagiu quase imediatamente após a entrada em vigor das tarifas de 10% dos EUA na terça-feira.

A resposta pareceu cuidadosamente calibrada para evitar grandes impactos na economia chinesa, ao mesmo tempo em que demonstrava a Trump a capacidade de causar danos em várias frentes. Essa moderação levou a uma reação relativamente contida nos mercados — especialmente porque Trump sinalizou o desejo de conversar com o líder chinês.

“Continuamos com uma perspectiva otimista de médio prazo para ativos de risco, mas estamos ajustando ligeiramente nossa visão de curto prazo devido ao aumento da incerteza”, disse Mohit Kumar, economista-chefe da Jefferies International.

4. Manchetes dos sites dos principais jornais

Estado de S. Paulo: China impõe tarifas de até 15% sobre produtos dos EUA em resposta à taxação de Trump

Folha de São Paulo: China retalia com tarifas sobre produtos dos EUA após Trump impor novas taxas

Valor Econômico: China reage a Trump e aplica tarifas de até 15% sobre produtos dos EUA

O Globo: Pequim anuncia tarifas adicionais sobre carvão, gás e petróleo dos EUA, e investigará o Google

5. Agenda

Brasil

  • 8:00: Ata do Copom
  • 11:30: Vendas de Veículos (em unidades)

EUA

  • 12:00: JOLTS: estoque de vagas em aberto

-- Com informações da Bloomberg News.