Cinco coisas que você precisa saber para começar esta terça-feira, 19 de dezembro

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Bloomberg Línea — Os investidores analisam nesta terça-feira (19) a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que reforçou “a necessidade de perseverar com uma política monetária contracionista”.

No âmbito corporativo, credores da Americanas (AMER3) se reúnem hoje em primeira convocação para discutir o plano de recuperação judicial da companhia. Na segunda-feira (18), alguns detentores de debêntures já se encontraram para avaliar as opções.

Destaque ainda para a Sabesp (SBSP3), que começa a ouvir potenciais coordenadores para sua oferta de ações, depois de lançar um pedido de proposta aos bancos do mercado, segundo o jornal Valor Econômico.

No Japão, o banco central manteve a taxa de juros negativa e não ofereceu sinalizações sobre a trajetória de juros no próximo ano.

Confira a seguir cinco destaques desta terça-feira (19):

1. Ata do Copom

A ata do Copom reforçou nesta terça-feira “a necessidade de perseverar com uma política monetária contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”.

Os membros do Comitê disseram ainda que “a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular daquelas de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”.

2. Juros no Japão

O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) manteve a taxa de curto prazo em -0,1% e manteve seus parâmetros de controle da curva de rendimentos no final de uma reunião de dois dias. O guidance futuro para a política monetária ficou inalterado, sem sinais indicando perspectivas para um aumento nas taxas.

Kazuo Ueda, líder do Banco do Japão, deixou os investidores no escuro sobre quando encerrará a última taxa de juros negativa do mundo. Em coletiva de imprensa, ele não descartou a normalização da política em nenhuma das reuniões nos próximos meses, insistindo primeiro em ver mais evidências de que o BOJ alcançará sua meta de estabilidade de preços.

Ele acrescentou que os formuladores de políticas monetárias provavelmente não darão um aviso explícito de um aumento iminente nas taxas, desconsiderando em grande parte o tipo de antecipação às vezes empregado pelo Federal Reserve (Fed) e pelo Banco Central Europeu (BCE).

3. Mercados

O iene despencou e os rendimentos globais dos títulos de renda fixa caíram após o BoJ sinalizar que não tem pressa para remover as taxas de juros negativas.

A moeda japonesa caiu até 1,3%, atingindo uma mínima de uma semana em relação ao dólar, enquanto o índice de ações Nikkei 225 disparou para o maior paramar em duas semanas.

Nos Estados Unidos, os rendimentos dos títulos do Tesouro de 10 anos caíram cerca de dois pontos base, enquanto os rendimentos dos títulos alemães de 10 anos recuaram cinco pontos base, à medida que os rendimentos em toda a zona do euro caíram.

Nos mercados de ações, o índice de ações Stoxx 600, da Europa, subia 0,3% por volta das 8h40 (horário de Brasília), enquanto os futuros dos EUA operavam próximos da estabilidade depois que o índice Nasdaq 100 atingiu uma alta recorde na segunda-feira (18), pelo segundo dia consecutivo.