Cinco coisas que você precisa saber para começar esta terça-feira, 17 de setembro

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Bloomberg Línea — Nesta terça-feira (17), começam as reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) do Federal Reserve e do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro.

Às vésperas da chamada “Superquarta”, investidores continuam à procura de sinais que possam indicar quais serão as decisões sobre política monetária tomadas pelo Brasil e pelos Estados Unidos.

Nos EUA, são divulgados números do varejo em agosto. Esses dados alimentarão o debate nos mercados sobre se o Fed reduzirá as taxas em 25 pontos-base, ou o dobro dessa magnitude.

Confira a seguir cinco destaques desta terça-feira (17):

1. IGP-10 desacelera

O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) subiu 0,18% em setembro, abaixo dos 0,72% registrados em agosto. O índice acumula agora aumento de 2,54% no ano e de 4,25% nos últimos 12 meses.

Em setembro de 2023, o IGP-10 havia registrado a mesma variação mensal de 0,18%, porém acumulava uma queda de 6,35% no período de 12 meses.

“O índice de preços ao produtor apresentou desaceleração significativa entre agosto e setembro. As principais commodities, como soja e minério de ferro, que têm maior peso no índice, registraram quedas nos preços”, disse André Braz, economista do FGV Ibre, em comunicado à imprensa.

“No lado do consumidor, ainda sob os efeitos de agosto, os grupos Alimentação e Habitação também mostraram desaceleração, mas esse movimento deve se inverter nas próximas edições do IGP.”

2. Desafio no Reino Unido

Um aumento no número de trabalhadores que deixam a força de trabalho devido ao aumento de doenças com efeitos de longo prazo transformou o Reino Unido no “verdadeiro paciente doente da Europa” e isso custa ao estado £ 5 bilhões (US$ 6,6 bilhões) por ano em perdas de arrecadação fiscal, de acordo com uma nova pesquisa do think tank Instituto de Pesquisa de Políticas Públicas (IPPR).

Cerca de 900.000 britânicos em idade ativa estão agora inativos — nem trabalham nem buscam emprego — em comparação com o início da pandemia de covid em 2020, com muitos que recorrem a benefícios por incapacidade.

Se as tendências continuarem, o contingente de trabalhadores sob condição de inatividade devido a doenças aumentará dos atuais 2,8 milhões para 4,3 milhões, segundo a Comissão sobre Saúde e Prosperidade do IPPR, que é multipartidária.

Abordar esse fenômeno pode resolver muitos dos desafios econômicos mais urgentes do Reino Unido, incluindo baixo crescimento e produtividade.

Melhorar a saúde economizaria £ 18 bilhões por ano para o Serviço Nacional de Saúde (NHS) até meados da década de 2030, melhoraria a igualdade regional e aumentaria os salários, disse o IPPR.

A comissão concluiu que resolver a crise de saúde é “o remédio mais importante de que nossa economia precisa para crescer mais rapidamente”.

As conclusões ecoam análises semelhantes do Escritório de Responsabilidade Orçamentária, que apontam que melhorar a saúde da população reduziria o fardo da dívida, projetada para alcançar o equivalente a 270% do PIB até meados dos anos 2070, a menos que o governo tome medidas.

3. Mercados

Os futuros de ações dos EUA subiram enquanto os traders aguardam o último conjunto de dados econômicos antes que o Federal Reserve decida o tamanho do corte de juros previsto para quarta.

Os contratos do S&P 500 sinalizaram um sétimo dia consecutivo de ganhos, enquanto o Nasdaq 100 estava pronto para se recuperar após a queda de segunda-feira nas grandes empresas de tecnologia.

A ação da Intel (INTL) subiu 8,3% nas negociações de pré-mercado depois que a fabricante de chips fechou novos negócios de fundição - foundry - com a Amazon (AMZN).

Ações de varejo e bancos lideraram os ganhos no índice Stoxx 600 da Europa. O dólar se estabilizou após quatro dias de queda, e os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA recuaram ligeiramente.