Cinco coisas que você precisa saber para começar esta terça-feira, 14 de maio

Investidores repercutem hoje ata do Copom e balanço da Petrobras; dados de inflação ao produtor nos EUA também estão no radar

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Bloomberg Línea — Os investidores analisam nesta terça-feira (14) a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) em busca de sinais sobre as próximas decisões do Banco Central (BC) em relação à Selic. Nos Estados Unidos é publicada a inflação ao produtor.

Destaque também para o balanço da Petrobras (PETR3, PETR4), divulgado ontem. A empresa reportou no primeiro trimestre uma queda de 37,9% do lucro líquido em relação à igual período do ano passado, para R$ 23,7 bilhões.

Confira a seguir cinco destaques desta terça-feira (14):

1. Ata do Copom

Para os economistas do Banco Central, o ritmo do corte da Selic foi diminuído porque “observou-se elevação na projeção de inflação para o horizonte relevante de política monetária”.

“De forma análoga, as expectativas de inflação para o mesmo horizonte, que se mostravam desancoradas em patamar estável nos últimos trimestres, se elevaram desde a reunião anterior. Além disso, o cenário de mercado de trabalho e de atividade tem apresentado maior dinamismo do que o esperado pelo Comitê. Por fim, julgou-se que o cenário externo está mais adverso e requerendo maior cautela na condução da política monetária”, diz a ata.

Segundo a ata, os membros do Comitê que votaram pela redução de 0,50 ponto percentual na taxa Selic também “compartilharam da percepção de aumento das incertezas internas e externas entre as reuniões de março e maio”.

Apesar disso, todos os membros concordaram que a adoção de uma política monetária mais contracionista, mais cautelosa e sem indicações futuras sobre os próximos movimentos mostrava-se mais apropriada diante do cenário global incerto e do cenário doméstico marcado por resiliência na atividade e expectativas desancoradas.

2. Resultado da Petrobras

A Petrobras reportou no primeiro trimestre uma queda de 37,9% do lucro líquido em relação a igual período do ano passado, para R$ 23,7 bilhões.

Segundo a petroleira, a remuneração aos acionistas relativa ao período totaliza R$ 14,6 bilhões, sendo R$ 1,15 bilhão em recompra de ações e R$ 13,45 bilhões como dividendos e Juros Sobre Capital Próprio (JCP).

A queda do lucro se deve principalmente aos menores volumes de vendas e à redução do preço do petróleo e da margem de diesel, destaca a estatal. O resultado também foi impactado pela piora do resultado financeiro, em meio à desvalorização do real frente ao dólar, acrescenta.

De janeiro a março, a estatal registrou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 60 bilhões, queda de 17,2% na comparação anual.

3. Mercados

As ações europeias e os futuros de ações dos Estados Unidos operam sem força pelo segundo dia consecutivo nesta terça-feira (14), com os traders aguardando dados de inflação dos EUA.

Na Europa, o índice Stoxx 600 operava de lado, negociado perto de uma alta recorde. As ações da Anglo American caíram depois que a mineradora delineou uma grande reestruturação para se proteger de uma abordagem de aquisição da BHP, com analistas citando riscos de execução.

Em Wall Street, os futuros do S&P 500 e do Nasdaq 100 também eram negociados perto da estabilidade. Dados de preços ao produtor dos EUA e falas do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, estão no radar nesta terça.

4. Manchetes dos principais jornais

Estado de S. Paulo: PEC do Quinquênio: magistrados ganham quase o dobro do salário de advogado com doutorado; veja estudo

Folha de S. Paulo: Guaíba sobe, faz Porto Alegre correr para erguer barreiras e pode manter cidade inundada por 1 mês

O Globo: Chuvas no RS: especialistas estimam que esvaziamento do Guaíba pode demorar um mês

Valor Econômico: RS ganha fôlego para voltar a investir com novas medidas, afirmam especialistas

5. Agenda

Estados Unidos:

  • 9h30: PPI
  • 11h: Discurso de Jerome Powell, Presidente do Fed
  • 17h30: Estoques de Petróleo Bruto Semanal API

Zona do Euro:

  • 10h15: Pronunciamento de Schnabel, do BCE

-- Com informações da Bloomberg News.