Cinco coisas que você precisa saber para começar esta terça-feira, 12 de novembro

Investidores avaliam as informações na ata da última reunião do Copom e buscam antecipar o CPI de outubro nos EUA, além de aguardarem novas informações sobre os cortes de gastos no Brasil

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Bloomberg Línea — Investidores nesta terça-feira (12) avaliam o teor da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que afirmou que o cenário ainda exige cautela; no front externo, buscam antecipar a divulgação amanhã (13) do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos em outubro.

O prometido pacote fiscal do governo Lula também fica no radar dos investidores nesta terça. O plano para equilibrar as contas fiscais do Brasil deve ser apresentado ainda nesta semana.

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Confira a seguir cinco destaques desta terça-feira (12):

1. Ata do Copom

Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada em 5 e 6 de novembro, o Banco Central apontou que o cenário econômico global permanece desafiador, especialmente devido às incertezas na economia dos Estados Unidos e à desaceleração da China.

O Copom destacou que o cenário internacional exige cautela, sobretudo para países emergentes, em um ambiente de menor sincronia nas políticas monetárias.

No cenário doméstico, o Comitê observou que a atividade econômica e o mercado de trabalho mantêm-se dinâmicos, apesar de alguns sinais de moderação nos indicadores de consumo e renda.

A inflação continua acima da meta, com projeções de 4,6% para 2024 e 3,9% para 2025, segundo o cenário de referência.

O Copom enfatizou os riscos de alta para a inflação, incluindo a possibilidade de expectativas desancoradas e a resiliência da inflação de serviços.

Para enfrentar essas pressões, o Comitê decidiu elevar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, para 11,25% ao ano, destacando a necessidade de uma política monetária mais restritiva para garantir a convergência da inflação à meta.

O Copom ressaltou que o ritmo de ajustes futuros dependerá da evolução dos componentes mais sensíveis à política monetária e das expectativas inflacionárias.

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2. Inflação nos EUA

A inflação nos EUA provavelmente permaneceu estável em outubro, destacando o caminho incerto para a redução da pressão inflacionária enquanto o Federal Reserve se aproxima de sua meta de 2%. Os dados serão conhecidos na manhã de quarta-feira (13).

O índice de preços ao consumidor (CPI), que exclui as categorias de alimentos e energia, provavelmente subiu no mesmo ritmo mensal e anual registrado em setembro - uma taxa de 0,2% pelo quarto mês consecutivo, enquanto a variação anual deve ter acelerado pela primeira vez desde março.

“O relatório do CPI de outubro provavelmente reforçará a noção de que o último trecho da jornada da inflação de volta à meta será o mais difícil,” escreveram economistas do Wells Fargo, Sarah House e Aubrey Woessner, em um relatório.

“Excluindo os componentes mais voláteis de energia e alimentos, a reversão das distorções de preços causadas pela pandemia tem se mostrado frustrantemente lenta.”

Elas acrescentaram que os preços dos bens essenciais provavelmente subiram novamente em outubro, em parte devido à maior demanda por carros e autopeças após os furacões Helene e Milton.

3. Mercados

As ações interromperam seu avanço da última semana na manhã desta terça-feira, em meio a temores de que o rali deixou os valuations excessivamente altos e com investidores ponderando o impacto potencial das escolhas de gabinete de Donald Trump sobre as políticas de governo.

O índice europeu Stoxx 600 caiu 1% mais cedo, quase apagando o ganho de segunda-feira. Os futuros dos EUA recuaram após cinco dias de alta para o S&P 500.

Os títulos do Tesouro também caíram com a retomada das negociações após um feriado - o Dia dos Veteranos na segunda (11). Enquanto isso, o bitcoin resistiu às quedas e estende a sua sequência de alta e se aproxima da marca de US$ 90.000.

4. Manchetes dos sites dos principais jornais

Estado de S. Paulo: Delator do PCC denunciou corrupção de agentes de duas delegacias e dois departamentos da Polícia Civil

Folha de São Paulo: Negociadores chegam ao Rio para G20 com desafio de superar impasses sobre guerras de Gaza e Ucrânia

Valor Econômico: Operações em infraestrutura aquecem fusões e aquisições

O Globo: Impacto da inflação no reajuste do salário mínimo elevará gastos em R$ 13,3 bi em 2025

5. Agenda

Estados Unidos:

  • 12:00: Discurso de Christopher Waller, membro do Fed
  • 16:00: Discurso de Neel Kashkari, membro do FOMC
  • 19:00: Discurso de Patrick Harker, membro do FOMC

Brasil:

  • 09:00: Vendas no varejo em setembro pelo IBGE

-- Com informações da Bloomberg News.