Bloomberg Línea — Na volta do feriado nos Estados Unidos, as atenções estarão voltadas nesta sexta-feira (5) para os dados de emprego payroll, com expectativa de moderação nas contratações.
Ainda no exterior, as eleições no Reino Unido são destaque. Rishi Sunak pediu desculpas à população enquanto fazia seu último discurso como Primeiro Ministro.
“Eu escutei sua raiva, sua decepção, e assumo a responsabilidade por essa derrota”, disse ele, depois que os Conservadores perderam mais de 250 cadeiras na Câmara dos Comuns. Ele também afirmou que está deixando a liderança do Partido Conservador.
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No Brasil, o anúncio do governo do contigenciamento de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias e a sinalização do compromisso com o controle de gastos contribuiu para ganhos do Ibovespa e queda do dólar.
A medida trouxe alívio na sessão para os ativos brasileiros, que têm sido pressionados diante da preocupação de investidores com a disposição do governo em manter as contas públicas equilibradas após declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que vão na direção contrária.
Confira a seguir cinco destaques desta sexta-feira (5):
1. Partido Trabalhista vence no Reino Unido
O Partido Trabalhista de Keir Starmer venceu as eleições gerais do Reino Unido com uma grande maioria, um resultado que ficará registrado como um momento importante na história política britânica, dado que o Partido Conservador de Rishi Sunak “implodiu”.
A pesquisa oficial de boca-de-urna previu que o Partido Trabalhista conquistaria 412 dos 650 assentos da Câmara dos Comuns, o maior número desde a vitória esmagadora de Tony Blair em 1997, ou seja, em quase três décadas. E esses números foram confirmados nesta sexta-feira (5), horas depois das eleições.
O Partido Conservador de Sunak ficou com 121 assentos, em comparação com 365 em 2019, resultado que provavelmente deve tirar alguns dos maiores nomes do partido da Câmara.
O Partido Liberal Democrata ficaria 71 assentos, e o Reform UK de Nigel Farage, com 4.
Starmer será o substituto de Sunak como primeiro-ministro do Reino Unido já a partir desta sexta, completando uma reviravolta notável desde que seu antecessor, Jeremy Corbyn, levou o Partido Trabalhista ao seu pior desempenho em mais de oito décadas há apenas cinco anos.
2. Payroll
Os investidores aguardam a divulgação do payroll nesta sexta, após os dados de emprego no setor privado dos EUA sinalizarem uma desaceleração.
As empresas do setor privado americano contrataram novos funcionários a um nível mais moderado em junho, e o crescimento salarial esfriou, segundo dados do ADP Research Institute.
E dados do governo mostraram que os pedidos recorrentes de auxílio-desemprego aumentaram pela nona semana consecutiva, a sequência mais longa desde 2018, o que indica que um número crescente de pessoas enfrenta dificuldades para encontrar trabalho.
Para o payroll, a expectativa é de criação de 190.000 vagas em junho, uma redução em comparação com o mês anterior, de acordo com estimativa mediana em pesquisa da Bloomberg.
A expectativa é um aumento de 3,9% do ganho médio por hora em relação ao ano anterior, o menor em três anos. Já a taxa de desemprego deve se manter em 4%, o nível mais alto em mais de dois anos.
3. Mercados
As ações globais operam em máximas históricas nesta sexta-feira (5), antes dos dados de emprego dos Estados Unidos (payroll), e com investidores repercutindo o resultado das eleições no Reino Unido.
Uma série de dados econômicos fracos dos EUA reacendeu esperanças de que o Federal Reserve comece a cortar as taxas de juros já em setembro, empurrando o índice mundial da MSCI para um nível recorde.
Na Europa, as ações sobem pelo terceiro dia, enquanto os futuros dos EUA apontam para uma abertura estável quando Wall Street retornar do feriado de Dia da Independência, que deixou as bolsas fechadas na quinta-feira (4).
4. Manchetes dos principais jornais
Estado de S. Paulo:
Folha de S. Paulo:
Valor Econômico:
O Globo:
5. Agenda
Estados Unidos:
- 9h30: Payroll (junho);
- 11h: Total de Vendas de Veículos;
Zona do euro:
- 6h: Vendas no Varejo (maio);
- 9h15: Discurso de Elderson, do BCE;
- 14h15: Discurso de Christine Lagarde, Presidente do BCE;
-- Com informações da Bloomberg News.
