Bloomberg Línea — Nesta sexta-feira (30), investidores aguardam a divulgação do dado de inflação preferido do Federal Reserve (Fed), o núcleo do Índice de Despesas de Consumo Pessoal (PCE, em inglês). Os dados devem servir de base para os próximos passos do banco central americano em relação aos juros do país.
No Brasil, é divulgada a taxa de desemprego referente a julho medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e o resultado fiscal do governo federal no mesmo mês. Às 11h, no horário de Brasília, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fala em evento da XP em São Paulo.
Na zona do euro, a inflação caiu para o nível mais baixo desde meados de 2021, o que reforça os argumentos para um novo corte nas taxas de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) em menos de duas semanas.
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Confira a seguir cinco destaques desta sexta-feira (30):
1. PCE
O núcleo do indicador de inflação preferido do Federal Reserve deve ter subido 2,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo a Bloomberg, em métrica que exclui os preços de alimentos e energia.
Em junho, o PCE teve variação mensal de 0,2%. Na comparação anual, o núcleo ficou em 2,6%, em linha com o apresentado em maio, embora ainda esteja acima da meta de inflação do Fed de 2%.
2. Inflação na zona do euro
Os preços ao consumidor na zona do euro subiram 2,2% em agosto em relação ao mesmo do ano anterior, segundo informou a Eurostat nesta sexta-feira (30). Isso foi significativamente menor do que os 2,6% de julho e correspondeu à estimativa mediana dos analistas em uma pesquisa da Bloomberg.
A inflação subjacente, que exclui componentes mais voláteis como alimentos e energia, também desacelerou para 2,8%, após três meses em 2,9%, conforme previram os economistas.
As boas notícias sobre a inflação ajudam a manter o clima positivo observado na reunião do Federal Reserve em Jackson Hole na semana passada, em que o presidente Jerome Powell se juntou a autoridades do BCE e do Banco da Inglaterra para sinalizar firmemente que as taxas de juros estão em trajetória de queda.
Investidores apostam em dois ou três cortes adicionais pelo BCE ainda neste ano, além de novas medidas em 2025. A redução histórica em junho deu início ao desmantelamento da campanha de aperto monetário sem precedentes, lançada para conter o pico de preços que atingiu 10,6% em outubro de 2022.
3. Mercados
Os mercados globais de ações subiram, com os índices europeus em recordes, à medida que sinais de moderação da inflação consolidam as expectativas de cortes nas taxas de juros nas economias desenvolvidas.
O índice Stoxx Europe 600 subiu 0,3% após dados mostrarem que a inflação na zona do euro desacelerou para o nível mais baixo em três anos em agosto. O resultado fortalece a expectativa de que o Banco Central Europeu cortará as taxas novamente no próximo mês.
Os futuros de ações dos EUA também avançaram, com os contratos futuros do Nasdaq 100 subindo 0,6%, e o S&P 500 aumentando 0,4%.
A Nvidia teve uma leve alta nas negociações de pré-mercado, após uma queda de 6% no dia anterior, enquanto as ações de outras empresas de tecnologia, incluindo a Marvell Technology e a Dell Technologies, foram impulsionadas por resultados superiores às expectativas.
Os mercados de ações globais estão a caminho de registrar o quarto mês consecutivo de ganhos, à medida que a maioria dos dados indica que o Fed parece ter controlado a inflação sem levar a economia à recessão. Isso pode permitir que o banco central inicie seu ciclo de cortes de taxas no próximo mês.
4. Manchetes dos principais jornais
Estado de S. Paulo: Bloqueio de contas da Starlink por Moraes é excepcional e só vale se houver fraude, apontam juristas
Folha de S. Paulo: Decisões de Moraes contra X e Starlink, de Musk, são vistas com restrições por especialistas
Valor Econômico: Segurança ganha espaço nas despesas dos governos estaduais
O Globo: X pode ser suspenso hoje, após descumprir ordem do STF: veja protocolo e como ficam contas
5. Agenda
Brasil:
- 7h30: Dívida líquida/PIB em julho
- 7h30: Balanço orçamentário de julho
- 8h: Taxa de desemprego no Brasil em julho
Estados Unidos:
- 8h30: Núcleo do Índice de Preços (PCE) em julho
- 8h30: Índice de Preços (PCE) em julho
- 8h30: Gastos Pessoais em julho
- 9h45: PMI de Chicago
- 10h: Expectativas de Inflação Michigan
- 10h: Confiança do Consumidor Michigan: Leitura Final
- 10h: Índice Michigan de Percepção do Consumidor
- 10h30: GDPNow do Fed de Atlanta
- 13h: Contagem de Sondas Baker Hughes
- 13h: Contagem Total de Sondas dos EUA por Baker Hughes
Zona do Euro:
- 10h: Discurso de Kerstin af Jochnick, membro do Conselho Fiscal do BCE
- 15h30: Posições líquidas de especuladores no relatório da CFTC
Japão:
- 15h30: Posições líquidas de especuladores no relatório da CFTC
China:
- 21h30: PMI Composto
- 21h30: PMI Industrial
- 21h30: PMI não-manufatura
-- Com informações da Bloomberg News.
