Cinco coisas que você precisa saber para começar esta sexta-feira, 29 de novembro

Visão de economistas é que plano de cortes do governo será insuficiente para estabilizar a dívida pública; dólar volta a operar acima dos R$ 6

Por

Bloomberg Línea — Investidores voltaram a reagir nesta sexta-feira (29) ao plano de cortes nos gastos públicos do governo federal. A sensação de economistas e do mercado financeiro é de que as medidas não serão suficientes para estabilizar a dívida pública.

Na manhã desta sexta, o dólar voltou a avançar acima do patamar dos R$ 6.

No exterior, o S&P 500 caminha para o seu mês mais forte desde fevereiro de 2024.

Confira a seguir cinco destaques desta sexta-feira (29):

1. Dólar

A moeda americana fechou na máxima nominal da história pela segunda sessão consecutiva nesta quinta-feira (28), a R$ 6,01. Na manhã desta sexta, por volta das 09h12, o dólar voltou a operar em alta, a R$ 6,02.

A disparada na moeda pode ser explicada pela reação negativa que os investidores tiveram em relação ao pacote fiscal anunciado pelo governo Lula. A visão é de que o programa será insuficiente para estabilizar a dívida pública.

Além disso, a isenção de IR para trabalhadores que ganham até R$ 5 mil por mês enquanto pessoas que recebem acima de R$ 50 mil ao mês terão que pagar impostos mais altos também pode contribuem para o movimento.

Em entrevista à Bloomberg Línea, Luis Otávio Leal, economista da G5, avaliou que a isenção do IR deve estimular o consumo e vai na contramão da política monetária corrente.

2. Mercados

Os futuros de ações dos EUA iniciaram o pregão desta sexta-feira (29) em alta, com o S&P 500 caminhando para o seu mês mais forte desde fevereiro, enquanto o iene se fortaleceu após dados de inflação em Tóquio superarem as estimativas.

Os rendimentos dos títulos do Tesouro caíram com a retomada do mercado de títulos após o feriado de Ação de Graças.

3. Desemprego em queda

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (29), mostrou que a taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,2% e está na menor taxa de desocupação de toda a série histórica do levantamento produzido pelo IBGE.

Antes disso, o percentual mais baixo havia sido registrado em dezembro de 2013, quando a taxa de desocupação foi de 6,3%.

4. Manchetes dos sites dos principais jornais

Estado de S. Paulo: Corte de gastos abaixo do esperado eleva previsão de alta da taxa de juros na reunião de dezembro do BC

Folha de São Paulo: Salário mínimo, militares e verba para educação: entenda o pacote de Haddad ponto a ponto

Valor Econômico: Economistas veem alívio menor que o estimado pelo governo em pacote de ajuste fiscal

O Globo: Por que economistas dizem que corte de gastos é insuficiente para desafio fiscal?

5. Agenda

Brasil

  • 9:00: PNAD Contínua (Taxa de Desemprego %)
  • 10:15: Indicador de Incerteza da Economia Brasil (IIE-Br)

Europa

  • 7:00: CPI: Núcleo (YoY %)

-- Com informações da Bloomberg News.