Cinco coisas que você precisa saber para começar esta sexta-feira, 2 de agosto

Investidores ficam de olho no relatório de empregos payroll, nos EUA, enquanto seguem monitorando os resultados abaixo do esperado de big techs

Amazon
02 de Agosto, 2024 | 08:12 AM

Bloomberg Línea — Os investidores aguardam nesta sexta-feira (2) a divulgação do relatório de empregos não-agrícola (payroll) dos Estados Unidos.

Destaque ainda para os balanços de grandes empresas de tecnologia, como Microsoft (MSFT) e Amazon (AMZN), que têm pesado negativamente sobre o sentimento dos mercados, afetado também pela preocupação com a economia chinesa e um enfraquecimento da euforia inicial sobre a inteligência artificial (IA).

No Oriente Médio, as tensões se intensificaram após o assassinato do chefe político do Hamas em Teerã.

Confira a seguir cinco destaques desta sexta-feira (2):

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1. O desafio das big techs

A Amazon, a Microsoft e a Alphabet (GOOGL) tinham uma tarefa nesta temporada de resultados: mostrar que os bilhões de dólares que cada uma investiu na infraestrutura para impulsionar o boom de inteligência artificial estão se traduzindo em vendas reais.

Aos olhos de Wall Street, elas decepcionaram. As ações da Alphabet, dona do Google, caíram 6,1% desde o seu balanço divulgado na semana passada.

Já a Microsoft caiu desde os seus resultados, enquanto a Amazon – a última a divulgar seus números trimestrais na quinta-feira (1º de agosto) – caía antes da abertura dos mercados nesta sexta.

O Vale do Silício apostava que 2024 seria o ano em que as empresas começariam a implantar IA generativa, o tipo de tecnologia que pode criar textos, imagens e vídeos a partir de comandos simples.

Esta adoção em massa pretende finalmente trazer lucros significativos de produtos como o Gemini, do Google, e o Copilot, da Microsoft. O fato de que esses retornos ainda não se materializaram de forma significativa, contudo, está alimentando preocupações mais amplas sobre o quão vantajosa a IA realmente poderá ser.

2. Payroll nos EUA

O destaque na agenda de indicadores nesta sexta-feira é o relatório de emprego do governo dos Estados Unidos, o payroll.

Economistas dizem que deve haver um crescimento moderado de empregos e salários em julho, destacando um enfraquecimento adicional no mercado de trabalho.

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Segundo a estimativa mediana de uma pesquisa da Bloomberg, a folha de pagamento deve ter aumentado em 175.000 no mês passado, após um aumento de 206.000 em junho,

3. Mercados

Um selloff no mercado de ações se intensificou nesta sexta-feira (2), à medida que aumentam as preocupações com a saúde da economia dos Estados Unidos e as perspectivas para as empresas de tecnologia.

Os contratos futuros do Nasdaq 100 caíam 1,6% por volta das 8h10 (horário de Brasília), após resultados decepcionantes da Amazon e um relatório de vendas fraco da Intel.

Na Ásia, o índice de referência do Japão caiu ao seu nível mais baixo desde 2016, dado que um iene mais forte pesou sobre as perspectivas para a economia voltada para a exportação do país. O índice Stoxx 600 da Europa caía 1,6% no mesmo horário.

O tom mais amplo de aversão ao risco veio após os pedidos de seguro-desemprego nos EUA atingirem o nível mais alto em quase um ano, enquanto a manufatura encolheu. Hoje, as atenções estarão voltadas para os dados de emprego (payroll) nos EUA.

4. Manchetes dos principais jornais

Estado de S. Paulo: Governo dos EUA reconhece vitória da oposição nas eleições da Venezuela

Folha de S. Paulo: Acordo para ampliar poder da União na Eletrobras pode gerar custo de ao menos R$ 12 bi

Valor Econômico: Supremo julgará questões tributárias com impacto de R$ 712 bilhões aos cofres públicos

O Globo: Permanência de Maduro no poder adia sonho de venezuelanos no Brasil que querem voltar

5. Agenda

Brasil:

  • 9h: Produção Industrial;
  • 12h30: Receita Tributária Federal

Estados Unidos:

  • 09h30: Relatório de Emprego (Payroll);
  • 11h: Encomendas à Indústria (Jun);
  • 14h: Contagem Total de Sondas dos EUA por Baker Hughes;

-- Com informações da Bloomberg News.

Tamires Vitorio

Jornalista formada pela FAPCOM, com experiência em mercados, economia, negócios e tecnologia. Foi repórter da EXAME e CNN e editora no Money Times.