Cinco coisas que você precisa saber para começar esta sexta-feira, 18 de outubro

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Bloomberg Línea — Investidores nesta sexta-feira (18) acompanham novos discursos de membros do Federal Reserve (Fed) e reagem a notícias corporativas como o balanço da Netflix (NFLX) e às medidas de estímulo na China.

Confira a seguir cinco destaques desta sexta-feira (18):

1. Balanço da Netflix

A Netflix adicionou mais de 5 milhões de assinates no terceiro trimestre, acima das expectativas de Wall Street em todos os principais indicadores financeiros, apesar de uma programação ainda limitada pelas greves de Hollywood do ano passado.

As vendas no período cresceram 15%, para US$ 9,83 bilhões, enquanto os lucros aumentaram para US$ 5,40 por ação. Os analistas previam que a Netflix adicionaria 4,52 milhões de assinantes.

As ações da Netflix subiram até 5,4%, para US$ 724,89, nas negociações após o fechamento do mercado. O valor das ações mais do que quadruplicou desde maio de 2022, quando uma desaceleração no crescimento da empresa provocou uma grande venda de ações e assustou investidores sobre o futuro do setor.

Desde então, a Netflix adicionou mais de 60 milhões de clientes, impulsionada por uma política de repressão ao compartilhamento de senhas e pela introdução de uma assinatura mais acessível com publicidade. A empresa encerrou o trimestre com 282,7 milhões de assinantes no mundo.

2. Estímulos na China

O banco central da China tomou medidas para apoiar os mercados justamente quando os dados mostraram que a economia do país registrou o menor crescimento em seis trimestres entre julho e setembro, sinalizando a intenção do governo de continuar com os estímulos para conter a desaceleração.

O Banco Popular da China (PBOC) divulgou mais detalhes sobre suas medidas para impulsionar os mercados de capitais poucos minutos após as autoridades publicarem dados que mostraram que a desaceleração da China se intensificou no terceiro trimestre.

Em um evento separado em Pequim, o presidente do PBOC, Pan Gongsheng, destacou os mercados imobiliário e de ações como os principais desafios da economia que exigem apoio político direcionado.

Coordenadas ou não, as ações do PBOC e de seu líder pareceram aumentar as esperanças de que Pequim faria o necessário para garantir que o país atinja sua meta de crescimento de cerca de 5% para 2024.

Embora o crescimento tenha sido mais lento do que nos trimestres anteriores, os dados melhores do que o esperado em setembro ofereceram sinais de que a economia pode ter atingido seu ponto mais baixo.

“A probabilidade de a China atingir sua meta de crescimento agora parece muito alta”, disse Jacqueline Rong, economista-chefe para a China no BNP Paribas. “Apenas uma leve recuperação no quarto trimestre será suficiente para alcançar o objetivo.”

O índice de referência CSI 300 da China, que engloba ações domésticas, recuperou-se de perdas anteriores e fechou com alta de 3,6%, depois que o banco central lançou uma linha de empréstimos para empresas listadas e grandes acionistas recomprarem ações.

As ações também foram impulsionadas pelo apelo do presidente Xi Jinping para alcançar as metas econômicas do ano e o apoio financeiro ao setor de tecnologia.

3. Mercados

As ações europeias e os futuros de ações dos EUA operavam com ganhos nesta sexta-feira, após os investidores reduzirem as expectativas de cortes nas taxas de juros nos Estados Unidos diante de sólidas vendas no varejo em setembro.

O índice Stoxx 600 da Europa foi apoiado pela alta das ações de mineração, depois que as últimas notícias econômicas da China melhoraram o sentimento dos investidores. Os futuros do S&P 500 tiveram pouca variação, enquanto os do Nasdaq 100 subiram ligeiramente.