Os investidores operam nesta sexta-feira (14) em compasso de espera com os riscos de uma paralisação orçamentária no governo dos EUA.
Caso os parlamentares em Washington evitem uma paralisação do governo isso eliminaria uma incerteza para os investidores, que já estão preocupados com as ameaças ao crescimento econômico dos EUA decorrentes da guerra tarifária do presidente Donald Trump.
“É um ambiente muito volátil e esperamos que isso continue no futuro próximo”, disse Thomas Taw, chefe de estratégia de investimentos para a APAC da BlackRock, em entrevista à Bloomberg Television.
Segundo ele, mercados de ações “como o da Europa e, em certa medida, da China” surgiram como oportunidades atraentes, à medida que as ações dos EUA recuaram de suas máximas históricas.
Confira a seguir cinco destaques desta sexta-feira (14):
1. Brasil no foco global da Unilever
O mercado brasileiro esteve sob os holofotes globais da Unilever há poucas semanas com o anúncio da escolha de seu novo CEO. O argentino Fernando Fernandez chegou com a experiência de ter liderado a operação da gigante de bens de consumo no Brasil por nove anos, de 2011 a 2019.
Essa relevância global do país, que não é fortuita, se apresenta de outras formas, como a recente decisão de investimento de R$ 265 milhões para a ampliação da fábrica de desodorantes aerossóis em Aguaí, no interior de São Paulo, em informação antecipada à Bloomberg Línea.
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Os recursos vão viabilizar uma quarta linha de produção na unidade, que é considerada uma das mais avançadas, produtivas e sustentáveis da Unilever no mundo, com aumento de 30% na capacidade para as marcas Rexona, Dove, Axe e Suave - as duas primeiras são líderes de mercado.
“Essa fábrica é estratégica para a Unilever no mundo. É a segunda maior de desodorantes do mundo”, disse Eduardo Machado, diretor da fábrica em Aguaí, em entrevista à Bloomberg Línea. Com a expansão, se aproximará em capacidade da unidade em Leeds, na Inglaterra.
2. BMW prevê prejuízo de € 1 bi com guerra comercial
A BMW prevê que a escalada dos conflitos comerciais entre os EUA, a Europa e a China custe à montadora cerca de 1 bilhão de euros (US$ 1,1 bilhão) este ano, disse o CEO Oliver Zipse.
“Não acreditamos que todas essas tarifas durem muito tempo, embora algumas delas possam durar mais”, disse Zipse na sexta-feira em uma entrevista à Bloomberg Television. Com uma estimativa de custo de 1 bilhão de euros, “estamos bastante seguros”, acrescentou.
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A BMW e outras montadoras europeias estão se preparando para ver a extensão total das tarifas planejadas pelo presidente Donald Trump sobre os veículos importados para os EUA.
3. Mercados
Os futuros de ações dos EUA operavam em alta nesta manhã de sexta-feira (14).
Os contratos do S&P 500 avançaram 0,8%, já que um projeto de lei provisório de financiamento parecia prestes a ser aprovado, o que evitaria a paralisação do governo dos EUA.
Isso representa uma mudança de humor depois que o índice de referência estendeu sua sequência de três semanas de quedas para além de 10% na quinta-feira, atingindo o limiar técnico para uma correção.
4. Manchetes dos sites dos principais jornais
Estado de S. Paulo: Análise: Com Trump há 50 dias no poder, viver em Washington hoje é como sentir-se presente na destruição
Folha de São Paulo: Governo subestima gastos com Previdência e adia ajuste em despesas no Orçamento
Valor Econômico: Precatórios avançam e busca por solução pode ser antecipada
O Globo: Primeira Turma do STF recebeu HD e estuda há uma semana material da trama golpista
5. Agenda
Brasil
- 09:00: PMC: Vendas no Varejo (IBGE)
Alemanha
- 04:00: CPI Harmonizado
EUA
- 11:00: Confiança do Consumidor
-- Com informações da Bloomberg News.